Sexta-feira, 21 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 11 de setembro de 2019
O governador gaúcho Eduardo Leite cumpriu, nessa quarta-feira, o primeiro dos três dias de atividades de sua viagem a Singapura. Ele participa de um curso técnico sobre gestão de pessoas no setor público do país asiático, considerado um dos mais inovadores em recrutamento, capacitação, desenvolvimento e avaliação de servidores.
“Estamos em um processo de intercâmbio e de entendimento da realidade deste pequeno país, que tem pouco mais de 5 milhões de habitantes [menos de metade da população do Rio Grande do Sul] e peculiaridades sob os pontos-de-vista cultural e histórico, mas que desenvolveu uma economia com um dos maiores PIB [Produto Interno Bruto] per capita do mundo”, frisou.
“As conversas têm sido muito inspiradoras e estamos podendo observar as formas de seleção e recrutamento de pessoas no serviço público, como também o processo de avaliação de desempenho, questões de remuneração, qualificação e capacitação de recursos humanos para retenção de talentos”, acrescentou.
Ao lado de dois governadores, dois vices e outros representantes de Executivos estaduais brasileiros, o roteiro havia começado na noite anterior com um jantar de boas-vindas e troca de experiências de gestão já implementadas no Brasil. As atividades são promovidas pela Fundação Lemann, juntamente com o Instituto Humanize e a ONG (organização não governamental) República.org.
No início da incursão pelo sistema local, Leite conheceu as instalações na escola Lee Kuan Yew de pós-graduação de políticas públicas, vinculada à Universidade Nacional de Singapura (o nome da instituição é uma homenagem ao ex-primeiro-ministro falecido em 2015 e que é um dos grandes responsáveis pela transformação do país).
Lee foi o líder nacional no processo de separação da Malásia (1965). A independência abriu caminho para que a Singapura passasse da condição de entreposto colonial subdesenvolvido para se impor como um dos “Tigres Asiáticos”, com economia típica de primeiro mundo.
Educação
Na sequência, Leitel visitou a AST (Academy of Singapore Teachers), instituição dedicada à formação de professores. Ele também se encontrou com os ministros da Educação, Comércio e Indústria, momento em que voltou a bater na tecla das oportunidades de investimento no Estado, um dos seus cavalos-de-batalha desde que assumiu o comando do Palácio Piratini, em janeiro.
Durante a imersão, Leite mentém contato com outros integrantes do governo nacional, especialistas, acadêmicos e autoridades envolvidas no processo inovador de gestão de Singapura. Serão abordados, ainda, os modelos adotados no Reino Unido, Chile e Estados Unidos. A ideia é aprofundar conhecimentos sobre o tema e entender de que forma os Estados podem aplicá-los, considerando-se as diferentes realidades e desafios do Brasil.
A viagem faz parte do projeto encampado por entidades do terceiro setor para realizar melhorias na gestão pública e que está sendo implantado em oito Estados – Rio Grande do Sul, Ceará, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, São Paulo e Sergipe. Cada governo optou por um caminho diferente.
Em solo gaúcho, foi criado o “Qualifica RS”, definido como “um programa inovador de seleção de profissionais por meio de metodologia baseada em competências”. Ainda conforme o Piratini, a iniciativa foi responsável pela escolha das 30 vagas de coordenador regional de Educação.
(Marcello Campos)