Domingo, 20 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 28 de setembro de 2019
Ícone dos anos 80/90, Roberta Close prova que ainda é um nome emblemático para o público. Aos 54 anos, a ex-modelo postou na manhã desta sexta-feira uma foto de biquíni e recebeu muitos elogios. “Maravilha de mulher”, “Sempre linda”., “Deusa soberana”, “Divisora de águas de uma década”, “Ícone”, escreveram os fãs de Roberta.
Morando na Suíça há anos, Roberta continua casada e vem ao Brasil esporadicamente. Uma das primeiras transexuais a romper o preconceito na moda e na arte, a carioca desfilou para grifes internacionais e frequentou o jet set das estrelas em Hollywood.
Sobrinha
Roberta ainda é a maior referência para a sobrinha Gabrielle Gambine, também transexual, que já começa a chamar atenção no mercado fashion.
A modelo, de 20 anos, vem seguindo os passos da tia, Roberta Close. Recentemente, Gabrielle atravessou a passarela com vestido e sandália. Antes do desfile, ela foi paparicada nos bastidores e posou com Lilian Pacce, apresentadora do “GNT Fashion”.
Gabrielle concilia a vida de modelo com os estudos. Ela cursa Artes Visuais na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em março deste ano, conseguiu sua certidão com gênero e nome femininos.
Ela conta que já foi impedida de frequentar banheiros femininos e até de se depilar em clínicas de estética.
“Sofri inúmeros constrangimentos. Diversas vezes fui tratada no masculino e chamada pelo meu nome de registro em espaços públicos. Seja em consultas médicas, salões de beleza, sala de aula, filas de estabelecimentos…Fui impedida de me depilar em clínicas de estética e diversos outros tipos de preconceitos que a maioria das pessoas trans precisam enfrentar diariamente quando decidem ocupar determinados espaços, que muitas vezes não estão preparados para lidar com nossas demandas”, lembra, narrando um episódio específico de preconceito que sofreu na faculdade.
Na vida e na profissão, a sobrinha conta com o total apoio da tia famosa: “Meu contato com a Roberta me ajudou e beneficiou enquanto referência de coragem, beleza e sabedoria. Ela é um ícone fashion e uma pessoa incrível! Ter alguém assim na minha família foi um privilégio, porque tive um exemplo de que nós, pessoas trans, podemos e somos capazes de fazer e exercer uma profissão e o que quisermos nas mais diferentes áreas, como qualquer outra pessoa”, disse ela em entrevista ao jornal Extra.