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Celebridades Brad Pitt é astronauta em busca de respostas sobre si mesmo em filme bem cotado para o Oscar

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O ator em cena de "Ad Astra: Rumo às Estrelas", que estreou no Brasil na quinta. (Foto: Divulgação)

Tempos atrás, James Gray visitava uma exposição de arte quando topou com a seguinte citação numa parede da galeria: “A História e o mito sempre começam no microcosmo pessoal”.

Os ensinamentos contidos naquelas palavras alimentam o conceito de “Ad Astra: Rumo às Estrelas”, novo filme do diretor americano, que estreia amanhã no Brasil. No filme, cujo título brasileiro inclui a tradução da expressão em latim, o ator Brad Pitt, também produtor do longa, interpreta um astronauta que acaba transformando uma missão espacial numa investigação de foro íntimo.

“Antes mesmo de começarmos a fase de pré-produção, enviei a citação para o Brad, a título de inspiração. Meu desejo era tentar contar a menor das histórias dentro do maior cenário possível conhecido por nós”, disse Gray durante o Festival de Veneza, este mês, onde concorreu ao Leão de Ouro.

“Ad astra” tem entre os produtores o brasileiro Rodrigo Teixeira , da RT Features, cada vez mais presente em projetos internacionais. Teixeira já disse que embarcou em “Ad astra” por tratar-se de “um drama humano que também é uma ficção científica”. Gray concorda:

“É no caráter minúsculo de sua intimidade que o drama do protagonista se torna universal. Esse pensamento norteia todo o projeto.”

Na trama, que saiu da mostra italiana cotada para o Oscar, Pitt interpreta Roy McBride. Ele é filho de um astronauta desaparecido trinta anos antes nos arredores de Netuno, onde uma base pesquisa a existência de vida alienígena em outros sistemas. Quando descargas eletromagnéticas netunianas ameaçam a vida na Terra, McBride é escalado para investigar o caso in loco. O governo americano suspeita que seu pai (interpretado por Tommy Lee Jones) ainda esteja vivo e seja responsável pelos perigosos fenômenos.

Lua, colonizada, é miniatura da Terra

A possibilidade de reencontrar seu pai abre em McBride a perspectiva de expiar traumas de uma infância marcada pela ausência paterna, que o transformou em um homem pragmático, amargo e solitário. “Ad astra” é uma típica aventura espacial, com sequências de tirar o fôlego, e que projeta um futuro pessimista: a Lua, já colonizada, virou uma miniatura da Terra, abalada por violência e escassez de recursos. A diferença é que seu protagonista lembra os grandes heróis atormentados e obcecados dos clássicos literários.

“A literatura sempre teve um papel importante em meus filmes, em termos narrativos”, disse o autor dos filmes “Os donos da noite” (2007) e “Z: A cidade perdida” (2016).

O diretor e roteirista confessou ter tomado emprestado elementos de “Moby Dick”, de Herman Melville, e “Coração das trevas”, de Joseph Conrad:

“Não queria reinventar a roda, mas trabalhar com temas e personagens atemporais. Alguns dirão que são clichês; vejo como arquétipos. É uma história que fala do poder dos mitos e aonde eles podem nos levar.”

Os aspectos visuais do filme, no entanto, foram inspirados em “For all mankind” (1989), documentário de Al Reinert sobre as missões lunares nos anos 1960 e 1970, que usam imagens feitas pelos próprios astronautas americanos com película em 16mm.

“Uma das coisas que mais me impressionaram nesses registros: quem está na Lua não vê estrelas no céu, somente um preto infinito. Aqueles poucos astronautas brancos foram os únicos seres humanos que conseguiram ver a Terra do ponto de vista de outro corpo celeste. A gente tem que se perguntar: qual seria a sensação?”, observou Gray. “O documentário de Reinert tornou-se uma força-guia para mim e para o diretor de fotografia Hoyt Van Hoytema (de “Dunkirk” e “Interestelar”) nessa busca por essa escuridão emocionante e assustadora.”

 

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