Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de outubro de 2019
A Petrobras encaminhou ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) um laudo sigiloso em que aponta a possibilidade do óleo que surgiu no litoral nordestino ser petróleo venezuelano. Apesar da informação divulgada em nota há cinco dias pelo órgão de que o óleo que contamina diferentes praias é o mesmo, agora, o Ibama tem trabalhado com a hipótese de que existe mais de uma fonte de contaminação. As investigações realizadas em campo seguem tentando decifrar o mistério da contaminação de alguns dos pontos turísticos mais famosos do país.
Desde o começo de setembro, manchas de petróleo surgiram em praias do Nordeste. O balanço atualizado pelo Ibama no último domingo (29) mostra que o óleo foi detectado em cerca de 113 áreas, localizadas em 54 cidades de oito estados. Em sete desses locais, aves e tartarugas morreram em razão da contaminação. Outros animais estão em centros de recuperação e limpeza. As manchas de óleo atingiram as praias de Ponta Negra, Pipa e Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte; Boa Viagem, Carneiros e Porto de Galinhas, em Pernambuco; Tambaba, na Paraíba; e Praias do Gunga e do Francês, em Alagoas, entre outras.
No Ceará, 500 litros de óleo foram recolhidos de nove praias no último sábado (29) e domingo. O resultado dos testes de balneabilidade em 35 praias cearenses será divulgado nesta terça (1º).
Leon Aguiar, do Instituto de Defesa do Meio Ambiente (IDEMA) do Rio Grande do Norte, afirma que a situação no litoral do estado está sob controle, mas as equipes seguem no trabalho de despoluição. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a Marinha e a Petrobras auxiliam o Ibama nas ações de limpeza e investigação. A Petrobras também contratou agentes comunitários para realizar os serviços de limpeza.