Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 17 de outubro de 2019
				O dado é alarmante e precisa de atenção dos médicos e pacientes. O câncer de ovário é uma doença silenciosa e muito grave. Uma em cada 78 mulheres, nos Estados Unidos, vai ter o tumor. No Brasil, os dados mais recentes apontam que mais de 6 mil mulheres tiveram a doença em 2018. Um ano antes, mais de 3 mil morreram por conta do tumor.
Se acredita que aqui no país exista uma subnotificação, pois muitas mulheres morrem sem ter o diagnóstico adequadamente feito. O problema é que não existem exames preventivos e o sintomas, geralmente, aparecem com o estágio avançado. Além disso, os sinais são inespecíficos podem ser confundidos com outras patologias. As mulheres costumam apresentar alterações gastrointestinais, refluxo, dor e inchaço abdominal e dor ao urinar.
Segundo a oncologista Alessandra Morelle, uma das coordenadoras do 2º Simpósio Rompendo as Fronteiras do Tratamento do Câncer de Ovário, que ocorrerá em novembro, a equipe médica precisa ficar alerta para suspeitar que possa ser câncer de ovário e evitar o avanço da lesão.
O câncer de ovário costuma atingir mulheres acima dos 40 anos de idade. Não existem causas definidas para o seu surgimento. Quem já teve casos na família entra no grupo de risco. Se sabe que em 20% das ocorrências as pacientes tem uma mutação genética. Por isso, se as familiares ainda estiverem vivas se indica um exame genético em quem já teve o câncer. Se elas tiverem essa alteração, as mulheres que ainda não sofreram com o problema também devem fazer o teste. Se a mutação se confirmar, é recomendada a ressonância magnética em vez da ecografia transvaginal para avaliar o abdome. O médico também poderá aconselhar um planejamento que inclui antecipar a gestação, se ela deseja ter filhos, e a retirada das trompas e ovários a partir dos 40 anos para evitar o câncer.
O tratamento é cirúrgico e a equipe deve ser muito bem treinada e experiente neste tipo de câncer porque são retiradas várias estruturas intra-abdominais e não se pode deixar resíduos da lesão. Essa precisão é fundamental para melhorar as taxas de cura.
O evento
O 2º Simpósio Rompendo as Fronteiras do Tratamento do Câncer de Ovário será realizado nos dias 21, 22 e 23 de Novembro de 2019, no Centro de Eventos do Hotel Villa Michelon, em Bento Gonçalves.