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Brasil O Ministério da Economia quer obrigar a aplicação, nos Três Poderes, de um sistema de seleção de funcionários para ocupar cargos de confiança, que são de livre nomeação

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A ideia é abrir a inscrição para que qualquer profissional possa se candidatar a uma das vagas disponíveis. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

O Ministério da Economia quer obrigar a aplicação, nos três Poderes, de um sistema de seleção de funcionários para ocupar parte dos cargos comissionados ou de confiança, que são de livre nomeação. A ideia é abrir a inscrição para que qualquer profissional possa se candidatar a uma das vagas disponíveis, cujos contratos são provisórios. O caminho para a adoção da ferramenta deverá ser aberto com dispositivo no texto da reforma administrativa a ser enviada ao Congresso no início de 2020.

O objetivo, dizem integrantes da Economia, é achar nomes mais preparados para exercer cargos técnicos e funções de chefia e de direção. Adicionalmente, a medida poderia reduzir a influência política sobre esses postos.

A intenção é delimitar a seleção a apenas uma parcela dos cargos. A regulamentação da medida deverá ocorrer em projeto de lei enviado no pacote das mudanças no funcionalismo público.

Algumas secretarias da Economia fizeram testes e escolheram ao menos dois nomes para postos diferentes que passaram por seleção elaborada pela Enap (Escola Nacional de Administração Pública). A finalidade é ampliar a aplicação do modelo no governo.

Cargos da administração

O governo federal extinguiu mais de 27.500 cargos efetivos do seu quadro de pessoal para organizar a estrutura de carreiras. Entre os cargos extintos pelo Decreto nº 10.185, publicado no Diário Oficial da União, estão o de mateiro, discotecário, técnico de móveis e esquadrias, locutor e seringueiro. O Ministério da Economia informou que analisou cerca de 500 mil cargos para “identificar aqueles que não são mais condizentes com a realidade da atual força de trabalho federal”.

“O objetivo é evitar contratações desnecessárias e o desperdício de recursos, pois estes são cargos obsoletos e em funções que não devem mais ser repostas”, disse o secretário de Gestão e Desempenho de Pessoal, Wagner Lenhart, em nota.

De acordo com o ministério, a maior parte das atribuições dos cargos que estão sendo extintos podem ser supridas de outras maneiras, como a descentralização para outros entes da federação e a contratação indireta de serviços (terceirização).

Levantamento da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal (SGP) mostrou que do total de cargos que serão extintos, 14.227 já estão desocupados e serão suprimidos imediatamente. Ainda existem 13.384 cargos ocupados. Neste caso, a extinção ocorrerá quando essas pessoas se aposentarem. “É importante deixar claro que o servidor que ocupa um cargo “em extinção” não é afetado, nada muda para a pessoa”, explica Lenhart.

Ministério da Saúde

O órgão mais impactado pela medida será o Ministério da Saúde. Na pasta ocorrerá a redução de 22.476 cargos, o que representa cerca de 81% do total de cargos extintos. Apenas no cargo de Agente de Saúde Pública serão extintos 10.661 cargos.

“Isso não terá repercussão no âmbito do Ministério da Saúde e se deve, em grande parte, à extinção de cargos de natureza operacional no combate e controle de endemias e de cargos vagos de unidades hospitalares, que hoje já são de competência de outros entes federativos”, afirma o secretário.

Vedação de concurso

A medida veda, ainda, a abertura de concurso público para cargos existentes no plano de cargos técnicos e administrativos das instituições de ensino. A vedação abarca cerca de 20 mil cargos do Ministério da Educação e de suas instituições federais de ensino, o que representa 68 denominações de cargos.

De acordo com Wagner Lenhart, o decreto não coloca tais cargos em extinção, apenas veda a realização de novos concursos ou o provimento adicional além das vagas previstas nos editais vigentes, garantindo a continuidade dos concursos em andamento.

Decretos

Esta é a terceira vez que o governo edita decretos para extinguir cargos obsoletos, diz o ministério. Em 2018, foi publicado o Decreto nº 9.262, que extinguiu mais de 60 mil cargos. Já em abril de 2019, o governo realizou outro movimento de adequação da força de trabalho e publicou o Decreto nº 9.754, que promoveu a extinção de outros 13 mil cargos.

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