Quinta-feira, 27 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 31 de janeiro de 2020
Demitido do INSS, Renato Vieira voltou à sede do órgão na noite de terça-feira (28) para lavar a roupa suja com seus diretores. Segundo ex-assessores de Vieira, a coisa ficou feia quando ele acusou um dos diretores de tentar empregar uma amante, o que teria consolidado a imagem de “zona” administrativa na sua gestão.
Depois de trocarem alguns empurrões no gabinete da presidência do órgão, a dupla foi separada. Quase saíram no braço.
As informações são da coluna Radar, da revista Veja.
Demissão
O governo demitiu o presidente do INSS, Renato Vieira, na terça. Ele foi substituído pelo secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, um dos maiores especialistas do assunto.
A insatisfação com Vieira era latente dentro do governo. E foi uma determinação do presidente Jair Bolsonaro, que não escondeu a irritação com o estrago feito na imagem do governo por causa das longas filas no INSS.
Desde o estouro da crise no INSS, onde mais de 2 milhões de pessoas esperam pela liberação de benefícios, Bolsonaro vinha cobrando mudanças no comando do órgão. Mas o secretário nacional de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, resistia. De volta da Índia e sem os problemas do INSS resolvidos, Bolsonaro pediu a cabeça de Vieira. O presidente quer uma solução rápida para os problemas de atendimento no órgão.
Marinho tentou minimizar a demissão de Vieira do INSS. “Ele vinha demonstrado a vontade de buscar outros objetivos pessoais, e não faltou, da nossa parte, apoio para que continuasse na sua atividade. A decisão está tomada, vamos respeitar. Entendemos que estamos trazendo alguém que tem capacidade operacional, conhecimento técnico, relação estreita com funcionários do INSS. Pode ser uma oportunidade, inclusive, de colocarmos alguém com experiência, sem perdemos todo o escopo do trabalho que foi construído até agora”, ressaltou.
O Planalto quer pressa na solução para os problemas do INSS. Na avaliação de assessores de Bolsonaro, esse é o tipo de caso que desgasta demais a imagem do governo. Não por acaso, logo que estourou a crise das filas de esperar por aposentadorias, pensões, licença maternidade e BPCs para os mais pobres, o governo lançou mão de uma medida para contratar 7 mil militares da reserva para reforçar o atendimento. Mas nada de concreto ainda foi feito.