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Por Redação O Sul | 28 de fevereiro de 2020
				A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgou um balanço prévio da Operação Carnaval 2020, destacando o aumento de 64% no número de autuações por embriaguez com relação aos dados registrados no mesmo feriado de 2019. Também cresceu o número de mortes em acidentes de trânsito, com registro de 91 vítimas, cerca de 8% a mais do que no ano passado.
A operação Carnaval 2020 teve início na última sexta-feira, dia 21, com um esquema especial de fiscalização e policiamento nas principais rodovias federais do País, e terminou na Quarta-Feira de Cinzas, 26. Segundo a corporação, as ações de educação para o trânsito foram intensificadas no período e alcançaram mais de 10 mil pessoas.
O balanço prévio divulgado pela PRF registrou ainda aumento nas infrações por uso de celular ao volante (434 multas, representando crescimento de 57%), por falta de uso do cinto de segurança (7.608, 43%) e ainda por ultrapassagens indevidas (10.899 flagrantes, crescimento de 24%).
A corporação também indicou que, enquanto em 2019 houve redução acumulada de 3% nas mortes em acidentes nas rodovias, em 2020 o número de óbitos cresceu 8% (91) e o número de feridos, 6% (1.571). Houve queda apenas no número de acidentes graves (3%).
Os atropelamentos de pessoas, saídas de pista e colisões frontais foram responsáveis por 68% do total de mortos no período, indicou a PF.
Os Estados que contabilizaram a maior quantidade de óbitos foram Santa Catarina (13), Minas Gerais (12), Paraná (11) e Bahia (11). Os quatro concentraram 51% das mortes, sendo que os três primeiros registraram também o maior número de acidentes.
A Polícia Rodoviária Federal indicou que 87% das mortes registradas no carnaval poderiam ter sido evitadas, uma vez que tiveram como causas preliminares “comportamentos de risco de condutores e pedestres”.
Rio Grande do Sul
Com uma redução de 5% em relação a 2018, o balanço da acidentalidade em 2019 apresenta o menor número de mortes dos últimos 13 anos, quando o DetranRS adotou a metodologia atual. Além das mortes no local, são contabilizados os feridos que morrem em até 30 dias após o acidente.
Foram 1.591 mortes nas ruas e estradas gaúchas no ano passado. O número é 13% menor do que em 2007, quando o DetranRS começou a contagem dos 30 dias, e 27% menor do que em 2010, ano do pico da acidentalidade no Estado, com 2.190 mortes.
No ano passado, o RS registrou 1.448 acidentes com mortes nas ruas e estradas, quase 3% a menos do que em 2018, quando ocorreram 1.488 acidentes fatais. Com pequenas variações, os acidentes mantêm as mesmas características do ano anterior: 58,5% ocorreram em rodovias, 35% foram colisões e 22,4% são atropelamentos.
Os acidentes fatais ocorreram com maior frequência nas sextas-feiras e sábados, com 38,3% do total de acidentes nesses dias da semana. O turno da noite foi o mais violento no trânsito, concentrando 34,7% dos acidentes fatais. As cidades com as maiores frotas também registraram maior número de acidentes. Porto Alegre encabeça a lista, com 77 acidentes fatais em 2019, seguido de Caxias, com 57, e Pelotas, com 50.