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Armando Burd O privilégio de saber avaliar

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Nas últimas semanas, o desejo de Caiado de representar a oposição bolsonarista se converteu em atuação objetiva. (Foto: EBC)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, tem uma vantagem em relação aos seus colegas mais jovens: conviveu durante 20 anos com Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados e conhece bem o presidente. Por isso, não dá importância às emissões do twitter, a partir do Palácio da Alvorada, e trata dos interesses do seu Estado.

Deixa os outros falando

Goiás foi escolhido como pioneiro para o Programa Em Frente Brasil, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. O resultado, desde outubro do ano passado, entusiasma. Houve queda de 44 por cento nos homicídios e 28 por cento nos roubos.

Outros programas continuarão tendo Goiás como prioridade. Os demais governadores entraram no carrossel e se preocupam com o bate-boca sobre temas que mudam a cada dia.

O que falta para diminuir o prejuízo

Nos países desenvolvidos, em que os contribuintes de impostos são respeitados, existem mecanismos de controle do gasto público, mantidos por setores representativos da sociedade. Dificultam e às vezes impedem o aumento da dívida, que ocorre por meio de operações de empréstimos ou emissões de títulos, em volume superior à capacidade de pagá-las no futuro. É uma regra civilizada que o Brasil não adotou e provoca rombo astronômico nas contas dos governos.

Nada a tratar no país das maravilhas

Brasília deve acordar hoje. Quinta-feira, no Senado, não houve chamada para sessão plenária porque ninguém responderia. O mesmo se deu na sexta-feira. As salas para reuniões de comissões técnicas também ficaram fechadas.

Na Câmara dos Deputados, a sessão foi aberta e durou 32 segundos. O deputado mineiro Weliton Prado presidiu. Disse boa tarde e perguntou se algum parlamentar iria à tribuna. Diante do silêncio, encerrou.

Definitivamente, o país está uma maravilha e não tem problemas para resolver. O melhor mesmo é estender a folga bem remunerada…

Desandam

A Medida Provisória foi criada constitucionalmente como instrumento com força de lei para utilização pelo presidente da República apenas em casos de relevância e urgência. Produz efeitos imediatos, mas depende de aprovação do Congresso Nacional para transformação definitiva em lei. Seu prazo de vigência é de 60 dias, prorrogáveis uma vez por igual período. Não sendo apreciada em 45 dias, contados da sua publicação, a Medida Provisória deve trancar a pauta de outros projetos até a sua votação.

Tornou-se costume o Congresso não examinar com a devida celeridade e elas são reeditadas ao longo de anos. Caso típico de afronta à lei e muito desleixo.

Há 20 anos

A 2 de março de 2000, o magistério público estadual entrou em greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada em assembleia no Gigantinho que lotou com 15 mil professores. Tornou-se o primeiro enfrentamento da categoria com a gestão do PT, que apresentou propostas salariais não aceitas em janeiro e fevereiro.

Surpresa

A escolha de Lúcia Camini, ex-presidente do Cpers, como secretária estadual da Educação, criou a expectativa de que as relações seriam pacíficas. A resposta em coro no Gigantinho: “Governo é governo, sindicato é sindicato.”

Equivocados

De tempos em tempos, ressurgem em governos os tecnocratas que se caracterizam por crescimentofobia. Preconizam que a saída para estados e o país é o sofrimento e a recessão. Acabam esmagados pela História.

Perda de tempo e dinheiro

O Brasil já passou por isto: a 2 de março de 1986, os supermercados só abriram ao meio-dia. Pela manhã, ajustaram os preços de 500 produtos de acordo com a tabela oficial publicada nos jornais do dia anterior.

O ministro do Planejamento, João Sayad, no mesmo dia, propôs ao Congresso que os crimes contra a economia popular fossem considerados inafiançáveis.

Resultaram em duas iniciativas fracassadas.

Desafio aos candidatos

Bons temas para a próxima campanha eleitoral: a cobrança de impostos de Primeiro Mundo, as despesas públicas descontroladas e a infraestrutura idêntica a de países pobres.

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editoriais de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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