Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de setembro de 2015
Os trabalhadores do Executivo estadual que estão paralisados desde segunda-feira (31) decidem nesta sexta-feira (04) se encerram a greve ou estendem a mobilização até o dia 11 deste mês. De acordo com a Fessergs (Federação Sindical dos Servidores Públicos no Estado do RS), a tendência é que a paralisação das mais de 40 categorias, motivada pelo parcelamento dos salários referentes a agosto, dure até o final da próxima semana.
Os professores já decidiram, em reunião do conselho geral do Cpers, que darão continuidade à mobilização até o dia 11, data em que a segunda parcela dos vencimentos, equivalente a 800 reais, deve ser depositada. Conforme o sindicato, nesse dia ocorrerá também uma nova assembleia geral para definir os rumos da greve. O Cpers estima que 93% das escolas estaduais aderiram à paralisação em todo o RS.
Uma categoria que tende a dar continuidade à greve é a da Brigada Militar. Familiares de brigadianos sinalizaram que pretendem seguir bloqueando portões de batalhões. Até esta sexta-feira, no mínimo, segue o aquartelamento dos militares.
A Polícia Civil deu indicativo de que retomará o trabalho a partir de sábado (05), realizando uma operação padrão, voltando então a discutir o destino da mobilização na terça-feira (08), término do feriadão de 7 de Setembro.
Também para terça-feira está prevista a montagem de um acampamento na Praça da Matriz a fim de acompanhar a votação dos projetos enviados pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa. No local também serão decididos os próximos passos da mobilização.
Nesta quinta-feira (03), grevistas promoveram uma manifestação em frente ao Palácio Piratini, tendo como principais alvos o governador e o deputado Álvaro Boessio (PMDB), que disse que “boa parte dos servidores são vadios”. Representantes das categorias paralisadas também participaram de uma audiência pública no Legislativo a respeito do Projeto de Lei Complementar 206, entendido como uma ameaça a reajustes dos servidores. A tendência, porém, é que a pauta não seja retirada pelo Executivo.