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Economia Famílias com renda de cerca de R$ 3 mil devem ter maior perda de consumo com a crise do coronavírus

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Brasileiros que integram a classe C1 devem deixar de consumir R$ 105 bilhões neste ano

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Taxa de de 0,83% foi a maior para um mês de maio desde 1996. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

As famílias com renda domiciliar ao redor de R$ 3 mil serão as que terão seu consumo mais afetado pela crise econômica desencadeada pelo surto de coronavírus. Neste ano, esse grupo distribuído em 13,1 milhões de domicílios no País deve perder 11% do seu potencial de consumo.

Os dados são de um estudo de uma consultoria que analisa o consumo de cada classe social definida pelos critérios da Abep (Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa de Mercado).

As famílias com renda de R$ 3.085,48 mil integram a classe C1. Em números absolutos, devem deixar de consumir R$ 105 bilhões em 2020, de acordo com o levantamento.

As projeções utilizadas para realizar o estudo têm como base o cenário apresentado no relatório Focus, do Banco Central, que colhe a avaliação dos analistas para o desempenho da economia.

Nele, as projeções são de queda de quase 2% do PIB (Produto Interno Bruto) e alta de 2,5% para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). O FMI (Fundo Monetário Internacional), no entanto, estima uma queda de 5,3% no PIB – o que faria o consumo dessa faixa ‘encolher’ em R$ 131 bilhões.

Os integrantes da classe C1 enfrentam uma combinação perversa. São prejudicados pela deterioração do mercado de trabalho – muitos são empregados do setor privado ou atuam como conta própria – e não são amplamente beneficiados pelos programas emergenciais do governo federal.

“É uma classe média que depende muito do trabalho assalariado e que está sofrendo bastante por causa dessa crise”, afirma o diretor da consultoria, Marcos Pazzini. Pelo levantamento, a classe A – com renda média domiciliar de R$ 25.554,33 – deve ser a segunda mais prejudicada, com uma perda do potencial de consumo de 7%.

A única classe que deve apresentar um crescimento forte é a B2. Para esse grupo, o avanço esperado é de 9% – a alta, no entanto, é atribuída ao fato de muitos brasileiros terem migrado do estrato da B1, o que contribuiu para aumentar o potencial dessa classe. As demais vão ficar próximo da estabilidade.

Há um risco desse quadro ser ainda pior se as projeções mais pessimistas para a economia brasileira se confirmarem. Neste mês, o Fundo Monetário Internacional atualizou a sua previsão para a atividade econômica mundial. Para o Brasil, o órgão projeta uma recessão de 5,3%.

Nesse cenário, a perda do potencial de consumo será maior em todas os estratos em relação ao cenário-base e seguirá mais intenso para as famílias com renda domiciliar de R$ 3 mil. Em 2020, com uma recessão de 5,3%, a classe C1 poderá perder R$ 131 bilhões em potencial de consumo, uma queda de 14% em relação ao observado no ano passado.

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