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Por Redação O Sul | 29 de abril de 2020
Nesta quinta-feira (30), às 14h, em transmissão ao vivo na página do governo gaúcho na rede social Facebook, será anunciado e detalhado o decreto que impõe no Rio Grande de Sul o chamado “distanciamento social controlado” mediante segmentação regional. A medida, que deve ter vigência a partir da próxima segunda-feira (6), foi tema de conversa por videoconferência entre o governador Eduardo Leite e prefeitos.
A reunião durou quase três horas e contou com a participação do vice-governador Ranolfo Vieira Júnior e também secretário estadual da Segurança Pública, das titulares das pastas da Saúde, Arita Bergmann, e de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos, além do secretário de Articulação e Apoio aos Municípios, Agostinho Meirelles, e do presidente da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul), Eduardo Freire.
De acordo com Leite, o distanciamento social controlado se baseia em níveis de restrição, que serão aplicados conforme a região do Estado e o setor econômico. Isso se justifica porque, no entendimento do Executivo, as regiões do Estado apresentam diferentes velocidades de transmissão e contam com estruturas diferenciadas de atendimento.
Sendo assim, o nível de distanciamento será controlado pela capacidade de resposta de saúde e pelo comportamento da pandemia no território. “Com base em uma divisão por níveis de risco (baixo, médio/baixo, médio e alto), a capacidade de resposta será constantemente monitorada, podendo ser alterada conforme a evolução de casos”, reiterou nesta quarta-feira (29) o site oficial do Palácio Piratini.
A secretária Leany Lemos apresentou um resumo das diretrizes do modelo ao grupo de prefeitos. Na sequência, houve uma segunda reunião, desta vez, com todos os integrantes dos comitês criados pelo Executivo para alinhar o enfrentamento ao coronavírus, na qual a secretária repetiu a exposição.
Ministro da Saúde
Pela manhã, Eduardo Leite conversou pela primeira vez com o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, em uma videoconferência com governadores e secretários estaduais de Santa Catarina e Paraná. Na pauta, medidas e necessidades dos Estados para o combate à pandemia de coronavírus. A secretária da Saúde, Arita Bergmann, participou da telereunião.
Depois de ressaltar as medidas já tomadas pelo Rio Grande do Sul, o governador salientou algumas demandas que estão represadas pelo governo federal, como a habilitação dos 298 novos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) adulta e outras cinco pediátricas, bem como os HPPs (Hospitais de Pequeno Porte), que totalizam 1.661 leitos clínicos e podem desafogar o sistema de referência, além do envio de equipamentos hospitalares, como respiradores, equipamentos de proteção e kits de teste.
“Não queremos tirar dos Estados que estão em crise, mas temos receio de que, como estamos fazendo a lição de casa e o número de casos de coronavírus é relativamente baixo, ali na frente, quando precisarmos, por conta do inverno e consequente aumento de internações por síndromes respiratórias, não teremos os equipamentos necessários aqui”, destacou Leite.
A equipe do Ministério da Saúde respondeu que está fazendo o possível para atender às demandas dos Estados, mas que infelizmente elas são maiores do que a capacidade de resposta imediata. Teich estava acompanhado pelo novo secretário-executivo da pasta, general Eduardo Pazuello, disseram que a pesquisa de prevalência, que será levada para quase 200 cidades do país, será um ótimo indicador para as políticas nacionais.
(Marcello Campos)
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