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Mundo Sem turistas, bairro de La Boca, em Buenos Aires, fica irreconhecível durante a pandemia

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Bares da Argentina poderão voltar a abrir. (Foto: Luis Argerich/ Wikipedia)

Pense em Buenos Aires e, com muita chance, virá a imagem de uma rua repleta de casinhas coloridas, letreiros estilosos e casais dançando tango na calçada. O cenário remeteria, claro, ao bairro de La Boca, um dos mais tradicionais e visitados da capital argentina e que está irreconhecível durante a pandemia. Sem turistas, a região sofre com lojas e restaurantes fechados desde o início das medidas de isolamento social contra o novo coronavírus, implementadas em 20 de março.

O símbolo da crise é o Caminito, um dos pontos mais famoso do bairro. Nesta rua, réplicas muito coloridas dos antigos “conventillos” — como se chamavam as casas humildes, compartilhadas por muitas famílias — viram pano de fundo para fotografias de dez entre dez visitantes. Nas sacadas, bonecos inspirados por figuras históricas, como Evita Perón, Carlos Gardel e Che Guevara, observam as ruas desertas, com apenas poucos moradores transitando.

Outro ponto do bairro acostumado a grandes movimentações, o estádio La Bombonera, do Boca Júniors, hiberna, sem futebol, torcedores e turistas em busca de uma foto ao lado da estátua de Diego Maradona no Museo de la Pasión Boquense.

Para Adrián Errea, dono de duas grandes lojas de artesanato, a situação é catastrófica. “Faturamento zero, ao mesmo tempo em que temos muitas despesas”, disse, à agência AFP. Alguns restaurantes oferecem serviços de delivery, mas, no bairro, a maioria dos moradores não consegue pagar os preços cobrados aos turistas.

“Estamos tentando lidar com isso para não fechar”, contou à AFP Anaí Imán, funcionária do La vieja Rotisería, um dos restaurantes mais conhecidos de La Boca. O famoso bairro popular, fundado por imigrantes genoveses às margens do Rio Matanza-Riachuelo, pode ser a face mais chamativa da crise. No entanto, os danos causados pela pandemia da Covid-19 se espalham não só por Buenos Aires, mas por toda a Argentina. Para este ano, a previsão é que a economia do país vizinho encolha 9,9%, segundo o Fundo Monetário Internacional.

Bariloche

Entre o final de junho e o começo de julho, Bariloche foi brindada com uma nevasca há muito não vista. Toda coberta de branco, a cidade mais badalada da Patagônia argentina tinha tudo para estar pronta para receber as avalanches de turistas que costumavam lotar suas ruas e estações de esqui nesta época do ano. Mas, neste inverno do novo coronavírus, se sobra neve, faltam visitantes.

O cenário em nada lembra o destino turístico movimentado, que atraiu mais de 112 mil visitantes em julho de 2019 – 15 mil deles chegando nos 51 voos diretos a partir do Brasil. A temporada de neve, que vai de junho a agosto, é responsável por levar cerca de 500 mil pessoas à região, incluindo aí suas vizinhas mais conhecidas, Villa la Angostura e San Martín de los Andes.

Em 2020, no entanto, tudo indica que a temporada gelada estará perdida. Sem voos internacionais (as fronteiras argentinas estão fechadas para viagens não essenciais até 1º de setembro) e com pouca circulação interna devido à quarentena, ainda bastante respeitada no país, os principais cartões-postais de Bariloche estão vazios. Apenas moradores da região têm se aventurado nas montanhas da região, enquanto as pistas de Cerro Catedral, a maior estação de esqui da América do Sul, permanecem desativadas. No o charmoso centro de Bariloche, restaurantes, lojas e agências estão com as portas fechadas. E os hotéis, incluindo o imponente Llao Llao, estão vazios.

Para tentar amenizar a situação da economia local, o governo da província declarou, na semana passada, um estado “de emergência turística e comercial” em Río Negro, região à qual pertence Bariloche. Agora, representantes da iniciativa privada da cidade pedem que se eleve o nível para “zona de desastre”. A medida foi aplicada pela última vez em 2011, quando as cinzas do vulcão Puyehue, a 90 km de distância, do lado chileno da fronteira, deixaram o aeroporto da cidade fechado por alguns meses. Moradores lembram que nem naquela ocasião os prejuízos econômicos foram tão grandes.

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https://www.osul.com.br/sem-turistas-bairro-de-la-boca-em-buenos-aires-fica-irreconhecivel-durante-a-pandemia/ Sem turistas, bairro de La Boca, em Buenos Aires, fica irreconhecível durante a pandemia 2020-07-18
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