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Brasil Agência Nacional de Vigilância Sanitária está dividida sobre consulta pública para uso medicinal da cannabis

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O consumo de drogas ilícitas em locais privados, como os apartamentos em condomínios residenciais, divide opiniões e gera uma série de dúvidas por parte dos síndicos. (Foto: Reprodução)

Há hoje uma divisão na diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre lançar ou não uma consulta pública sobre a regulamentação para a plantação e produção da Cannabis para fins medicinais, uma iniciativa que a agência vem protelando há alguns anos.

A consulta pública seria o primeiro passo para uma futura regulamentação.

A pressão internacional é grande: a OMS (Organização Mundial da Saúde) já assegurou o potencial terapêutico do canabidiol.

Uma das dúvidas é sobre a autorização ou não para as universidades poderem plantar para fazer pesquisas científicas com a Cannabis.

Técnicos da Anvisa já viajaram a Portugal, Canadá e Inglaterra para fazer pesquisas, e a agência se considera tecnicamente preparada para avançar na discussão do tema.

Hoje, a principal barreira é política. William Dib, o diretor-presidente da Anvisa, teme que o governo federal seja refratário à discussão do tema. Oficialmente, a agência não se compromete com nenhuma previsão de quando abrirá a consulta pública.

Maconha medicinal

A história da maconha medicinal é feita de reveses – reflexo da política antidrogas encabeçada pelos EUA na década de 1970, que dificultou durante anos os estudos com canabinoides. Esse cenário, no entanto, vem se alterando com o passar do tempo. Tanto que a própria OMS recomenda agora não tratar o canabidiol, um derivado da erva, como uma droga.

Segundo a entidade, essa substância não provoca dependência e, assim, não merece um tratamento tão rigoroso. No entanto, a OMS reconhece que ainda não há consenso sobre a eficácia desse agente terapêutico contra diversas doenças.

De acordo com dados de um levantamento feito pela agência de pesquisa de mercado e inteligência Hello Research, 59% dos brasileiros entrevistados são simpáticos até mesmo quanto à liberação do THC – substância psicoativa presente na planta – para fins medicinais.

Talvez até como reflexo dessa maioria, em 2015 dois compostos da maconha foram liberados com esse intuito no Brasil. Em janeiro, o canabidiol saiu da lista da Anvisa de substâncias proibidas no País e, em novembro, o THC também foi retirado por determinação da Justiça Federal do Distrito Federal.

Agora, quando o assunto é o uso recreativo da planta, 43% dos 1 200 entrevistados da pesquisa são totalmente contrários à descriminalização. O fato é que, do ponto de vista da saúde, é diferente debater o uso medicinal da maconha em relação ao uso recreativo. Ao menos no primeiro caso, a ciência já dá amostras de seu potencial terapêutico contra certas encrencas.

Veja doenças em que a maconha medicinal pode atuar:

Epilepsia — O CBD aumenta a carga de anandamida em áreas da massa cinzenta. Ao se ligarem a receptores celulares, essas moléculas reduzem a superativação de circuitos nervosos, que acarreta as convulsões.

Ansiedade — Combinados, CBD e THC agem em duas frentes. O primeiro eleva a concentração de anandamida no hipotálamo, no hipocampo e na amígdala. O segundo ativa os receptores no córtex pré-frontal e (de novo!) na amígdala e no hipocampo.

Esclerose múltipla — Tanto o THC como o CBD participam aqui. Ao interferir em regiões que controlam a dor, bem como os movimentos (caso do cerebelo), inibem a passagem dos impulsos por trás de desconfortos, espasmos e rigidez muscular.

Dor crônica — O corpo tem receptores para os canabinoides tanto no cérebro como nos nervos periféricos. Ao se ligarem a eles em áreas específicas, as moléculas da maconha diminuem a transmissão dos sinais dolorosos.

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https://www.osul.com.br/a-agencia-nacional-de-vigilancia-sanitaria-esta-dividida-sobre-a-consulta-publica-para-o-uso-medicinal-da-cannabis/ Agência Nacional de Vigilância Sanitária está dividida sobre consulta pública para uso medicinal da cannabis 2019-05-13
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