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Geral A Alemanha condena um homem de 93 anos por cumplicidade em mais de 5 mil mortes no regime nazista

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Homem que serviu de guarda no campo nazista de Stutthof, na Polônia, é acusado por milhares de assassinatos ali ocorridos entre 1944 e 1945. (Foto: Reprodução)

O tribunal de Hamburgo (Alemanha) condenou a dois anos de prisão com pena suspensa, nesta quinta-feira (23), um homem de 93 anos que serviu de guarda no campo nazista de Stutthof na Polônia, acusado por milhares de assassinatos ali ocorridos entre 1944 e 1945.

O réu, Bruno Dey, que tinha 17 anos na época dos eventos, “foi considerado culpado de cumplicidade em 5.232 assassinatos e tentativas de assassinato”, disse a presidente do tribunal, Anne Meier-Göring, após um julgamento que será, provavelmente, um dos últimos sobre os crimes cometidos pelo Terceiro Reich.

Bruno Dey, 93 anos, foi guarda da SS (Tropa de Proteção), a organização paramilitar nazista, do campo de Stutthof, perto do que era então Danzig, hoje Gdansk na Polônia. Ele participou de um “massacre organizado pelo Estado”.

Ao entrar no tribunal em uma cadeira de rodas e escondendo seu rosto atrás de uma pasta azul, Bruno D., admitiu que foi um guarda da SS no campo de concentração de Stutthof, perto de Gdansk no que era a Polônia ocupada, mas ele disse que sua presença não implica em culpa.

Isso não convenceu o tribunal em Hamburgo, que o considerou culpado nesta quinta-feira de envolvimento nos assassinatos. “Como você pôde se acostumar com o horror?”, perguntou a juíza Anne Meier-Göring ao ler o veredicto.

Cerca de 65 mil pessoas, incluindo muitos judeus, foram assassinados ou morreram de outras causas em Stutthof, de acordo com o site do museu deste campo de concentração. Promotores argumentaram que muitos foram mortos com um tiro na nuca ou em câmaras de gás.

Como Bruno D. tinha somente 17 ou 18 anos na época dos crimes, ele foi julgado em um tribunal para crimes juvenis e as sessões da corte foram limitadas a duas ou três horas por dia devido à sua saúde frágil. Os promotores pediam uma sentença de prisão por três anos.

Figuras esqueléticas

Durante seu testemunho em maio, Dey disse ao tribunal que queria esquecer seu tempo no campo. “Não quero voltar ao passado”, declarou ao tribunal de Hamburgo.

A juíza Anne Meier-Göring perguntou se Dey havia falado com seus filhos e netos sobre o tempo em que foi guarda em Stutthof.

“Não tenho culpa do que aconteceu naquela época”, respondeu Dey. “Não contribuí com nada, além de ficar de guarda. Mas fui forçado a fazê-lo, era uma ordem”.

Dey reconheceu no ano passado que estava ciente das câmaras de gás do campo e admitiu ter visto “figuras esqueléticas, pessoas que sofreram”, mas insistiu que não era culpado.

Os nazistas estabeleceram o campo de Stutthof em 1939, inicialmente usando-o para deter prisioneiros políticos poloneses.

No final, recebeu 110.000 detidos, incluindo muitos judeus. Cerca de 65.000 pessoas morreram nesse campo. As informações são das agências de notícias AFP e Reuters.

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https://www.osul.com.br/a-alemanha-condena-um-homem-de-93-anos-por-cumplicidade-em-mais-de-5-mil-mortes-no-regime-nazista/ A Alemanha condena um homem de 93 anos por cumplicidade em mais de 5 mil mortes no regime nazista 2020-07-23
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