Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 13 de novembro de 2015
Crítico ao atual ministro da Fazenda, Joaquim Levy, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nessa quinta-feira a indicação do ex-ministro do BC (Banco Central) Henrique Meirelles para o comando da pasta, na tentativa de evitar que a atual crise econômica aumente a rejeição ao governo da presidenta Dilma Rousseff.
Lula avaliou que refluiu o movimento pelo impeachment da presidenta, mas considerou que ele poderá voltar com força caso o governo federal não faça mudanças na atual política econômica e evite retrocessos nas conquistas sociais das administrações petistas.
Perspectiva de futuro
De acordo com o ex-presidente, Meirelles à frente do Ministério da Fazenda traria uma perspectiva de futuro para o mercado financeiro e mudaria o humor da sociedade, que atualmente estaria pessimista com o aumento da inflação e do desemprego. Em favor do ex-presidente do Banco Central, Lula afirmou que Meirelles tem mais jogo de cintura para lidar com a crise política.
O petista avaliou ainda que atualmente é menor a resistência no governo federal ao nome de Meirelles. Ele costuma fazer uma brincadeira, dizendo que se hoje a presidenta afirma não gostar dele, a situação melhorou. “Hoje ela diz que não gosta dele, mas antes nem queria ouvir falar no nome dele. Então, melhorou”, afirmou.
Prazo de validade vencido
Nas conversas, o ex-mandatário disse que o prazo de validade de Levy venceu e que o nome de Meirelles é necessário para recuperar a credibilidade e confiança no governo federal.
Pressão
Sob pressão de seu próprio partido, a presidenta Dilma tem defendido a permanência de Joaquim Levy no governo federal, mas tem começado a ponderar a necessidade de mudanças no ajuste fiscal capitaneado pelo comandante da Fazenda.
Apesar do movimento de Lula, o governo deu uma demonstração de apoio a Levy na votação do Orçamento. Por determinação do governo Dilma, Levy conseguiu uma vitória no Congresso nesta quinta-feira.
A Comissão Mista de Orçamento aceitou recuar da decisão de autorizar a União a abater 20 bilhões de reais da sua meta fiscal do próximo ano de investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A medida vai exatamente na contramão das propostas de Lula. (Folhapress)