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Por Redação O Sul | 22 de dezembro de 2020
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou nessa segunda-feira (21) a certificação de Boas Práticas de Fabricação para a fábrica da vacina da CoronaVac.
A conclusão foi feita pela equipe da Anvisa e de observadores Instituto Butantan que viajou à China para inspecionar a produção da vacina da farmacêutica Sinovac.
O grupo esteve no país entre 30 de novembro até 4 de dezembro para inspeção e reuniões com os executivos da empresa.
Segundo a nota publicada no Diário Oficial, o Instituto Butantan enviou o plano de ação para Anvisa na última quarta-feira (16). Já a conclusão da equipe técnica foi finalizada no domingo (20).
O certificado tem validade de dois anos e é um do pré-requisitos tanto para o processo de registro da vacina no Brasil, quanto para um eventual pedido de autorização para uso emergencial.
Butantan
Também nessa segunda, o Instituto Butantan anunciou que foi concluída a terceira e última fase de testes clínicos da vacina CoronaVac, desenvolvida pelo instituto em parceria com o laboratório chinês Sinovac.
Pelas redes sociais, o Butantan também anunciou nesta segunda que “os resultados [da fase 3] serão encaminhados para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, e que, “em breve, a primeira vacina brasileira contra o Covid-19 estará pronta”.
No entanto, os resultados da fase 3, que visa a comprovar a eficácia da vacina como imunizante contra a covid-19, ainda não foram divulgados publicamente. A previsão do instituto é divulgar os resultados da fase 3 de testes da CoronaVac nesta quarta-feira (23). A publicação dos resultados deveria ter ocorrido no dia 15 de dezembro, mas foi postergada para dia 23.
Segundo o governo, a fase 3 dos testes da CoronaVac no Brasil registra pelo menos 170 voluntários contaminados. O estudo conclusivo vai medir a taxa de eficácia do imunizante comparando quantos caos confirmados ocorreram nos voluntários que receberam placebo e quantos naqueles que tomaram a vacina. A taxa mínima de eficácia recomendada pela Anvisa é de 50%.
O governo federal incluiu a CoronaVac no plano nacional de vacinação. No entanto, o governo paulista diz que aguarda uma formalização da intenção de compra das doses pelo Ministério da Saúde.
Compra de seringas
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou a compra de mais 100 milhões de seringas e agulhas para aplicação da vacina CoronaVac. Doria também manteve a previsão de iniciar a vacinação contra o coronavírus no estado no dia 25 de janeiro.
“Estamos ampliando o estoque para termos certeza, convicção, de que nenhum insumo faltará para o sistema médico do estado de São Paulo para atender à população na vacinação, que começa, repito, no dia 25 de janeiro aqui no estado de São Paulo”, afirmou o governador.
Na semana passada, quando foram iniciados os pregões, o governo afirmou que 50 milhões seriam reservadas para a vacinação contra a covid-19 e as outras 50 milhões para outras vacinas do calendário regular.
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, nos primeiros pregões, abertos na última sexta (18), foram adquiridos 2 milhões dos insumos. No total, serão realizados 27 pregões para aquisição dos materiais. As empresas vencedoras poderão entregar os insumos até julho, conforme a definição de cada uma das licitações.
Lotes da vacina
Nesta quarta, o governo de São Paulo receberá novos lotes da matéria-prima da CoronaVac.
“A matéria-prima para 5,5 milhões de doses chegará em mais um voo vindo da Sinovac, em Pequim, representando o maior lote de vacinas já desembarcado no Brasil e também no continente latino-americano”, disse Doria.
Atualmente, o governo de São Paulo já tem 3,1 milhões de doses armazenadas no Instituto Butantan.
Ainda de acordo com o governo paulista, outros dois carregamentos devem chegar até o final de dezembro, sendo 400 mil doses no próximo dia 28 e 1,6 milhão no dia 30.