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Brasil A aparição de Jair Bolsonaro na TV foi alvo de críticas, silêncio e desdém por parte de outros presidenciáveis

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Pré-candidato foi sabatinado no programa "Roda Viva". (Foto: Reprodução)

Adversários do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL-RJ) na corrida eleitoral reagiram com desdém, ironia ou silêncio à participação do presidenciável ao programa de entrevistas “Roda Viva”, da TV Cultura, na noite de segunda-feira.

Na sabatina, recheada de temas polêmicos, o polêmico deputado federal sugeriu rever a política de cotas nas universidades e negou que o País tenha uma dívida com a escravidão dos negros, dentre outras manifestações.

Ele ainda negou que o País tenha passado por um golpe militar em 1964, sugeriu que o jornalista Vladimir Herzog teria se suicidado (e não sido assassinado sob tortura, conforme concluído oficialmente) e se mostrou contrário à entrada indiscriminada de refugiados no País.

Procurados pela reportagem por meio de suas assessorias, o candidato Ciro Gomes (PDT) e o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) não quis se manifestar sobre a entrevista. Ele também não mencionou o programa em suas redes sociais.

Já a assessoria do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (que desde abril cumpre sentença de prisão em Curitiba, no âmbito da Operação Lava-Jato) disse lamentar que o “Roda Viva” não tenha feito um pedido para entrevistar o líder petista, “que lidera todas as pesquisas”.

O pré-candidato do Podemos, senador paranaense Alvaro Dias, ironizou a entrevista do adversário, concedida no mesmo horário em que ele próprio era sabatinado por jornalistas no canal Globonews. “Não vi, não verei e não comentarei”, resumiu o parlamentar. “Deixo para vocês considerá-lo relevante, não eu.”

A pré-candidata do PCdoB, Manuela D’Ávila, criticou a posição de Bolsonaro sobre o líder sul-africano Nelson Mandela (1918-2013). Questionado sobre o que achava do líder negro, o deputado federal respondeu que se deveria também “avaliar o passado de Mandela”.

A gaúcha considerou “problema de caráter” as colocações do adversário. “‏O sujeito disse que Mandela não é isso tudo, que Herzog se suicidou, que a escravidão é culpa dos africanos e o que seu livro de cabeceira é o do torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra. O problema do dito não é de política: é de caráter”, escreveu ela em seu perfil oficial no Twitter.

Marina Silva

Na mesma rede social, Marina Silva (Rede) escreveu duas vezes sobre a entrevista do candidato do PSL. A pré-candidata falou sobre refugiados: “Jesus Cristo foi um refugiado e nos ensinou sobre amor, respeito, humildade e compaixão, jamais sobre tortura, preconceito e ódio”.

Já o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, refutou a declaração do candidato sobre o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra –apontado em investigações da Justiça brasileira e nos trabalhos da Comissão Nacional da Verdade, na condição de ex-chefe do DOI-Codi (principal órgao de repressão a opositores da ditadura), como um dos principais nomes da tortura durante o regime militar.

“Brilhante Ustra foi um dos torturadores mais abjetos da ditadura brasileira. Apologia à tortura é crime pelo artigo 287 do Código Penal. Quem faz deveria estar preso, não ser candidato a presidente da República”, escreveu Boulos em sua conta no Twitter.

Para o candidato do PSOL e coordenador nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto), as declarações de Bolsonaro equivalem a “aberrações”. “Depois das aberrações de ontem de Bolsonaro, é ainda mais claro que a educação pública precisa incluir a defesa dos direitos humanos e da democracia. Sem acertar contas com o passado, não há presente nem futuro. Como se diz em psicanálise, é um passado que não passa”, escreveu.

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