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Por Redação O Sul | 13 de setembro de 2017
A Apple revelou, na última terça-feira (12), três novos celulares: o iPhone 8, 8 Plus e o iPhone X. O último se pronuncia, em inglês, iPhone “ten” (“dez”) — como o algarismo romano. O iPhone X foi lançado em comemoração dos 10 anos desde o lançamento do primeiro iPhone, em 2007. Tim Cook, atual presidente da Apple, disse que o objetivo é que esse aparelho seja “o padrão de tecnologia para a próxima década”, como foi o original.
No visual, os três dispositivos vêm cobertos de vidro (“o mais resistente de todos os tempos”, segundo a empresa), dispensando a cobertura de alumínio que vinha sendo usada nos iPhones.
O evento deu ênfase às novas câmeras com inteligência artificial, capazes de reconhecer padrões de rostos, paisagens ou animais, e o carregamento sem fio de todos os dispositivos (Apple Watch, Air Pods e iPhone).
Nenhum dos dois recursos é inédito. O iPhone 7 e 7 Plus já eram compatíveis com carregamento sem fio, e o Samsung Galaxy já adota uma tecnologia semelhante nas câmeras desde o S6.
A diferença no carregamento é que agora a Apple vai trabalhar com o padrão Qi, integrado com outras empresas, ou seja, não é mais preciso comprar um carregador específico do iPhone 8 ou X.
A Apple aposta em tornar o reconhecimento facial o padrão para desbloquear celulares. No evento de lançamento, a empresa afirmou que a chance de fraude na impressão digital é de 1 para 50 mil, enquanto, no reconhecimento de rostos da Apple, seria de 1 em 1 milhão.
A Apple instalou um processador com dois núcleos a mais no iPhone X dedicados exclusivamente ao reconhecimento facial.
“É muito fácil, é só olhar [para o aparelho] e arrastar o dedo para cima”, disse Craig Federighi, vice-presidente de engenharia de software da empresa.
Na hora de demonstrar a tecnologia, porém, Federighi não conseguiu desbloquear seu celular. “Ops. Vamos usar o plano B”, afirmou, antes de digitar sua senha manualmente.
Coincidência ou não, as ações da empresa caíram de US$ 163 para US$ 159 na NASDAQ logo após a gafe. A empresa fechou o dia com queda de 0,42%.
Segundo analistas ouvidos pelo “Financial Times”, o mercado recebeu com ceticismo o lançamento devido à data de lançamento tardia do iPhone X, em 3 de novembro.
A maior novidade no iPhone 8, 8 Plus e iPhone X é a potência de seus processadores. O A11 Bionic terá seis núcleos, enquanto os antecessores tinham apenas quatro.
Embora os concorrentes Android ofereçam processadores de oito núcleos, o A10 da Apple era o chip mais rápido do mercado, e o A11 deve manter essa posição.
No evento dessa terça, a Apple afirmou que, dos seis núcleos, dois são 25% mais rápidos que o A10, e quatro são 70% mais velozes.
No iPhone X, a memória RAM aumentou de 2 GB para 3 GB. Há concorrentes Android que chegam até 6 GB —mas os celulares não precisam de tanta memória, especialmente porque o iPhone X conta com um processador gráfico, outro incremento positivo.
A bateria do iPhone X deve durar duas horas a mais que as do iPhone 7. A quantidade de megapixels das câmeras traseiras nos três celulares, 12, é a mesma dos iPhone 7, assim como os 7 MP da câmera frontal.
Apple Watch
A nova geração de Apple Watch, “série 3”, tem celular — ou seja, é possível atender chamadas diretamente no Watch.
O número de telefone será o mesmo do iPhone, e o aparelho virá com um cartão SIM eletrônico, integrado ao relógio, menor que um chip nano convencional. A princípio, a novidade só vale para os Estados Unidos.
O novo relógio também vem com Apple Music, ou seja, tem capacidade de rodar o streaming do iTunes de forma independente. A ideia é levar o celular e as músicas para qualquer lugar, sem precisar de um segundo dispositivo. (Folhapress)