MundoA aprovação do primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disparou durante a quarentena
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Redação O Sul
| 8 de abril de 2020
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O político perdeu o apoio da maioria no Senado italiano. (Foto: Reprodução)
A aprovação do primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, disparou durante a quarentena imposta por causa da pandemia do novo coronavírus, que já contaminou mais de 135 mil pessoas e matou quase 18 mil no país.
Segundo uma pesquisa do Instituto Piepoli divulgada na terça-feira (7), o premiê conta com a confiança de 68% dos eleitores, índice maior até que o do presidente da República, Sergio Mattarella (67%) — algo raro no regime parlamentarista italiano, onde o chefe de Estado fica longe do desgaste político do dia a dia.
Conte é aprovado sobretudo por eleitores que se identificam com o populista Movimento 5 Estrelas (85%) e com a centro-esquerda (82%), mas ainda enfrenta resistência na centro-direita (34% de aprovação).
Até 9 de março, um dia antes da entrada em vigor da quarentena na Itália, Conte tinha a confiança de 50% do eleitorado, índice que era de 42% em 18 de fevereiro, antes dos primeiros casos de transmissão interna do novo coronavírus no país.
Além disso, o levantamento constatou que 90% das pessoas são favoráveis à prorrogação do isolamento social para depois de 13 de abril. Já uma pesquisa realizada pelo Instituto Ixè e divulgada nesta quarta-feira (8) aponta que a aprovação de Conte é de 57%, 15 pontos a mais que no início da quarentena.
O premiê tem 56 anos e governa desde 1º de junho de 2018, primeiro em aliança com a Liga, de extrema direita, e depois com partidos de centro e esquerda, mas sempre bancado pelo Movimento 5 Estrelas.
Mortes
A Itália, o país mais afetado do mundo pela epidemia de Covid-19, registrou nesta quarta novos números encorajadores, especialmente uma diminuição do número diário de mortes e de pacientes em terapia intensiva.
As 542 novas mortes registradas nesta quarta, com um total de 17.669, representam uma redução em relação à terça-feira (7), quando foram registradas 604 mortes em 24 horas, e à segunda-feira (636).
O número de pacientes em UTIs, 3.693, continua diminuindo pelo quinto dia consecutivo e está agora no nível de 26 de março, de acordo com o balanço divulgado pela proteção civil.
Da mesma forma, o número de pessoas curadas atingiu 2.099 “um recorde” em 24 horas, destacou Angelo Borrelli, chefe da proteção civil.
A região mais afetada continua sendo Lombardia, com mais da metade das mortes italianas, 9.722 e mais de 53 mil casos, enquanto toda a península registra até o momento 139.422 casos.
Apesar destes sinais encorajadores, os responsáveis pedem prudência e que não desistam do esforço, respeitando as regras de confinamento e de distanciamento social.
“A única arma que temos é o distanciamento social e o respeito às normas. Não devemos pensar que vencemos a batalha. A situação é e continua sendo grave, não podemos subestimar”, concluiu o ministro da Saúde, Robert Transpercé.
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