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Rio Grande do Sul A procura por atendimentos em saúde mental cresceu na rede pública estadual durante a pandemia

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Ansiedade está entre os principais motivos apontados por uma pesquisa da SES junto a 402 cidades gaúchas. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Desde o início da pandemia de coronavírus, na primeira quinzena de março, os postos de saúde e serviços de atenção especializada vinculados ao governo do Rio Grande do Sul têm registrado um aumento na busca por atendimentos em saúde mental. O fenômeno foi identificado a partir de uma pesquisa realizada pela SES (Secretaria Estadual da Saúde) junto a gestores de 402 municípios.

Nos serviços de Atenção Básica (como as Unidades Básicas e o programa Estratégia Saúde da Família), 78% gestores municipais perceberam um aumento na demanda desta natureza. Já no âmbito da atenção especializada (Centros de Atenção Psicossocial), esse índice foi de 68%.

Dentre os principais sintomas que fizeram as pessoas procurarem mais os serviços de saúde estão ansiedade, nervosismo ou tensão, perturbação de sono e uso abusivo de álcool, medicamentos ou outras drogas.

“Durante uma pandemia, é normal a exacerbação de emoções e sentimentos. Essa situação implica em uma perturbação psicossocial que pode afetar toda a população, em diferentes níveis de intensidade e gravidade”, explica a titular da Coordenação Estadual de Saúde Mental, Marilise Souza.

Ainda segundo ela, não há uma forma de “medir” as emoções, o que dificulta saber se os próprios sintomas ou os de alguém próximo podem ser considerados dentro do “normal” para as atuais circunstâncias ou se está na hora de procurar ajuda profissional: “Isso é muito subjetivo. O que se deve questionar é o quanto essas perturbações estão atrapalhando no seu dia a dia”.

As taxas de internação hospitalar por transtornos mentais e comportamentais, porém, não apresentaram aumento durante o primeiro quadrimestre deste ano em relação a igual período no ano passado (foram 9.919 internações entre janeiro e abril, contra 10.896 no acumulado dos mesmos meses de 2019).

Para preparar os municípios para o enfrentamento dos eventuais desdobramentos em saúde mental decorrentes da pandemia, a SES recomenda aos gestores municipais a elaboração de Planos Municipais de Cuidados em Saúde Mental e Apoio Psicossocial. As diretrizes do que deve constar nos planos estão disponíveis no site sobre coronavírus da Secretaria, junto ao Plano de Contingência Estadual.

Quem precisa de apoio profissional pode fazer um atendimento on-line gratuito pelo Projeto ReviraSaúde, mantido pela Secretaria Estadual da Saúde em parceria com universidades e outras instituições. Os profissionais cadastrados atuam em diversas áreas e disponibilizam atendimento por telefone, WhatsApp, Skype, Facebook e demais plataformas à distância.

Cuidados

– Manter as rotinas de sono, fazer exercícios físicos e ter alimentação saudável.

– Cuidar dos outros também faz bem. A solidariedade faz bem para quem a recebe e também para a saúde mental de quem a faz.

– Não se expor tanto a informações ao longo do dia. Procurar fontes fidedignas e em horários específicos. É importante se manter informado, mas o excesso pode causar ansiedade ou estresse.

– Evitar o uso de tabaco, álcool e outras drogas.

– Manter contato virtual com familiares e amigos frequentemente.

– Estar alerta aos sinais de estresse e raiva nas crianças e idosos que estão sob sua tutela. Explicar a essas pessoas a importância de se proteger e tentar acalmá-los.

– Ajudar crianças a se expressarem, com atividades criativas e lúdicas.

– Buscar o sistema de saúde quando for realmente necessário.

(Marcello Campos)

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