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Brasil A Caixa reduziu os juros do crédito imobiliário, elevou a cota de financiamento e mudou a garantia de consignado do FGTS

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Segundo a Caixa, 2,4 milhões de famílias pediram a suspensão no pagamento das prestações. (Foto: José Cruz/Agência Brasil)

A Caixa Econômica Federal  anunciou  a redução na taxa de juros do crédito imobiliário e o aumento da cota para financiamento de imóvel usado. Os juros caem até 0,5 ponto porcentual para operações com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE).

Já a taxa mínima vai de 9% ao ano para 8,75% para imóveis no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), para imóveis residenciais de até R$ 800 mil em todo País, exceto Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal, com limite é de R$ 950 mil.

Para os imóveis residenciais acima dos limites do SFH, portanto enquadrados no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), a taxa mínima caiu de 10% para 9,5% ao ano. Além disso, o financiamento de imóveis usados teve o limite de cota elevado de 70% para 80%.

Em nota, o presidente da Caixa, Nelson Antônio de Souza, afirma que o corte nas taxas de juros facilita o acesso à casa própria e contribui para a retomada de investimentos no setor de construção civil.

Conforme o jornal O Estado de S.Paulo, neste ano, a Caixa possui R$ 82,1 bilhões disponíveis para o crédito habitacional. Ainda de acordo com o comunicado, o banco mantém a liderança no setor com 69,3% das operações para aquisição da casa própria.

Empréstimos consignados

O governo criou nova dinâmica para facilitar a concessão de empréstimos consignados com garantia do FGTS aos trabalhadores da iniciativa privada. A partir de agora, a Caixa criará uma conta apartada no FGTS do trabalhador, contendo 10% do fundo mais o valor referente aos 40% de multa em eventual demissão, que servirá de garantia para esses empréstimos. A expectativa do Ministério do Planejamento é de que, com a mudança, mais operações sejam realizadas e os juros do consignado para o setor privado caiam.

Desde julho de 2016, uma lei permite ao trabalhador da iniciativa privada fazer um empréstimo consignado, em que as parcelas são descontadas diretamente na folha de pagamentos, com a garantia do FGTS. Essa garantia era formada justamente por 10% do Fundo e pelos 40% da multa paga pelas empresas em caso de demissão sem justa causa.

O problema é que esta lei nunca pegou. Isso porque os bancos só eram informados sobre os valores referentes ao saldo do FGTS do trabalhador no momento em que ele era demitido da empresa. Havia ainda casos em que o trabalhador usava os recursos do Fundo em um financiamento imobiliário, o que reduzia os valores disponíveis para a garantia. Como não havia a separação dos 10% para o crédito consignado, mais os 40% da multa, os bancos enxergavam risco maior nas operações.

Com as mudanças normativas promovidas, os bancos terão, em tese, mais segurança para realizar as operações. Segundo o Planejamento, os porcentuais relativos ao crédito consignado ficarão separados do restante do FGTS, como garantia. Ao mesmo tempo, esses recursos vão render normalmente, de acordo com as regras do fundo. O rendimento ficará na conta do FGTS do trabalhador, e não no montante segregado para garantia.

A expectativa do governo é de que o crédito consignado para o setor privado, com a difusão da garantia do FGTS, cresça a partir de agora. Atualmente, segundo os dados mais recentes do Banco Central, o consignado para o setor privado soma R$ 19,3 bilhões. A cifra equivale a apenas cerca de 6% do total do crédito consignado no País. Em comparação, o estoque do consignado para servidores públicos soma R$ 181,3 bilhões, enquanto o saldo para beneficiários do INSS está em R$ 123,2 bilhões.

Mais convênios

O crédito consignado com garantia do FGTS para trabalhadores do setor privado exige que as empresas façam um convênio com um banco que esteja ligado ao sistema implantado pela Caixa. Com isso, a expectativa da Caixa é de que mais convênios sejam firmados a partir de agora e que os impactos no consignado já sejam sentidos este ano, segundo o secretário de Planejamento e Assuntos Econômicos do Ministério do Planejamento, Julio Alexandre.

Segundo o Ministério do Planejamento, essa mudança não terá impacto financeiro ao FGTS, porque as garantias somente serão requeridas pelos bancos no caso de o trabalhador ser demitido sem justa causa – nessa circunstância, o saque do saldo do FGTS já está previsto.

A mudança também abrirá espaço, na visão do Planejamento, para a queda dos juros do consignado no setor privado. Hoje, esses trabalhadores pagam taxa média de 2,8% ao mês, enquanto os servidores públicos têm acesso a um juro de 1,7% ao mês. Os aposentados e pensionistas do INSS pagam taxa de 1,9% ao mês no consignado, conforme os dados mais recentes do BC.

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