Segunda-feira, 22 de setembro de 2025
Por Redação O Sul | 28 de junho de 2020
A China isolou quase meio milhão de pessoas numa região próxima a Pequim, que foi atingida em meados de junho por um novo surto da Covid-19, descrito pelas autoridades como “sério e complexo”.
O país asiático praticamente conteve a epidemia, mas o aparecimento de cerca de 300 novos casos na capital em pouco mais de duas semanas alimentou o medo de uma segunda onda de infecções.
O gabinete do prefeito lançou uma grande campanha de testagem, fechou escolas e pediu à população que não deixasse a cidade, além de ter confinado milhares de pessoas em áreas residenciais consideradas de risco.
As autoridades locais anunciaram o confinamento do cantão de Anxin, localizado 60 quilômetros ao sul de Pequim, na província de Hebei. A partir de agora, apenas uma pessoa por família poderá sair uma vez por dia para comprar alimentos e remédios. Onze casos relacionados ao surto de Pequim teriam sido identificados na região.
O Ministério da Saúde chinês tembém divulgou 14 novos casos da doença em Pequim nas últimas 24 horas, elevando o total para 311 desde o início desse novo surto, detectado em 11 de junho no mercado atacadista de Xinfadi, no sul da cidade, que fornece produtos frescos a supermercados e restaurantes.
Cerca de um terço dos novos casos relatados até agora está relacionado à seção de carne bovina e de cordeiro do mercado, informaram autoridades da cidade em entrevista coletiva.
Os testes de diagnóstico são direcionados principalmente àqueles que frequentavam o mercado, funcionários de restaurantes, entregadores e moradores de áreas residenciais consideradas de risco.
No total, 8,3 milhões de amostras foram coletadas e 7,7 milhões foram analisadas, anunciou o município no domingo. Isso equivale a quase metade da população de Pequim, de 22 milhões de habitantes.
Hong Kong
Parlamentares chineses revisaram o projeto de lei de segurança nacional para Hong Kong durante reunião realizada pelo comitê permanente do Congresso Nacional do Povo, informou a mídia estatal Xinhua. Na reunião, Shen Chunyao, diretor da Comissão de Assuntos Legislativos do comitê permanente, apresentou um relatório sobre o projeto, segundo a Xinhua.
O comitê permanente no Congresso geralmente se reúne a cada dois meses, mas a reunião de três dias que começou neste domingo (28) já é a segunda somente neste mês de junho com objetivo de discutir o projeto. O comitê deve aprovar o projeto de lei até o fim da reunião nesta terça-feira.
A nova lei de segurança nacional proposta suscita preocupação por parte de ativistas pró-democracia em Hong Kong e de alguns governos estrangeiros sobre como Pequim está corroendo ainda mais a autonomia prometida quando a Grã-Bretanha devolveu o território à China em 1997 sob o sistema “um país, dois sistemas”.
A China disse, no entanto, que o projeto de lei terá como alvo apenas um pequeno grupo de agitadores uma vez que ele visa a combater o separatismo, a subversão, o terrorismo e a interferência estrangeira em Hong Kong. Mais detalhes da legislação não foram divulgados.