Quarta-feira, 19 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de fevereiro de 2020
Nessa segunda-feira, ao transmitir a presidência do TJ (Tribunal de Justiça) do Rio Grande do Sul para o colega Voltaire de Lima Moraes, o desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro fez um balanço dos dois anos (2018-2019) em que esteve no cargo. Ele citou realizações como a construção do prédio anexo à Corte, em Porto Alegre, e a abertura de quatro novos fóruns no Interior do Estado.
Em seu discurso, o magistrado destacou que o momento era de prestar contas das ações e projetos realizados ao longo dos últimos dois anos, com o TJ-RS sendo considerado o único tribunal do segmento da Justiça Estadual brasileira, dentre os cinco de grande porte, a atingir 100% de eficiência na área administrativa e jurisdicional na primeira e segunda instância, conforme o CNJ (Conselho Nacional de Justiça).
Também informou dados da movimentação processual do último biênio, destacando que existem 3,3 milhões de processos cíveis e criminais em andamento, nos quais operam 802 magistrados e 6.106 servidores, havendo no momento 190 cargos vagos de magistrados e 2673 de servidores. “Vê-se que o Poder Judiciário do Rio Grande do Sul trabalha com 71% de sua força de trabalho e mantém alto índice de eficiência.”
Zietlow destacou, ainda, alguns projetos e ações durante sua gestão, tais como: implantação do sistema eletrônico “Eproc”, licitação para gerenciamento de depósitos judiciais, aumento expressivo das receitas próprias, utilização da inteligência artificial nos executivos fiscais, adoção do sistema de sessões virtuais de julgamento no órgão especial, plantão regionalizado, redução do montante pagos em diárias, implantação da Central de Registro de Imóveis e instituição do Comitê de Gênero, Raça e Diversidade.
“Os índices máximos obtidos derivam da atuação conjunta e do trabalho sólido de e extenuante por parte de magistrados e servidores, acrescida à continuidade administrativa e à observância de um planejamento estratégico seguido pelas administrações que se sucedem”, ponderou.
Ele também ressaltou o fato de que o período como presidente do TJ gaúcho foi concomitante ao comando, de forma acumulada, do Conselho Nacional dos Tribunais de Justiça, entidade criada há 27 anos e que nunca havia sido chefiada por um gaúcho. “Essa é uma circunstância que muito me honra pela distinção recebida”.
Presenças de ex-governadores
Em meio a dezenas de convidados, a posse da nova presidência do Ttribunal de Justiça do Rio Grande do Sul contou com as presenças de nada menos que seis ex-governadores gaúchos: Jair Soares (1983-1986), Pedro Simon (1987-1990), Alceu Collares (1991-1994), Olívio Dutra (1999-2003), Germano Rigotto (2004-2007) e José Ivo Sartori (2014-2017).
(Marcello Campos)