Terça-feira, 18 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 27 de dezembro de 2019
A Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) informou, nesta sexta-feira (27), que irá aplicar a bandeira amarela no mês de janeiro. Isso representa um adicional de R$ 1,343 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em dezembro, o órgão também acionou a bandeira amarela.
A Aneel informou que a decisão se deve ao baixo nível de armazenamento dos principais reservatórios da região das hidrelétricas e pelo regime de chuvas significativamente abaixo do padrão histórico nessas regiões.
“A previsão hidrológica para janeiro aponta para a elevação gradativa dos principais reservatórios, mas em patamares abaixo da média histórica. Essa condição intermediária repercute na capacidade de produção das hidrelétricas, ainda demandando acionamento de parte do parque termelétrico, com impactos diretos na formação do preço da energia”, informou o órgão.
No sistema de bandeiras tarifárias, em vigor desde 2015, a cor verde não tem cobrança de taxa extra, indicando condições favoráveis de geração de energia no País. Na bandeira amarela, a taxa extra é de R$ 1,343 a cada 100 kWh consumidos. A bandeira vermelha pode ser acionada em um dos dois níveis cobrados. No primeiro nível, o adicional passa a ser de R$ 4,169 a cada 100 kWh. No segundo nível, a cobrança extra será de R$ 6,243 a cada 100 kWh.
As bandeiras tarifárias indicam o custo da energia gerada para possibilitar o uso consciente de energia. Antes do sistema, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros.
Gás de cozinha
A Petrobras reajustou nesta sexta em cerca de 5%, o preço de venda do GLP (gás liquefeito de petróleo) para botijão de até 13 quilos, popularmente conhecido como gás de cozinha. A mesma alta será aplicada ao GLP industrial e comercial. Os reajustes são aplicados às distribuidoras.
Segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis), em novembro o preço médio do botijão de 13 quilos praticado no País era de R$ 69,11. Os preços, no entanto, são livres, e variam nos postos de venda aos consumidores.
Foi o terceiro mês seguido de alta nos preços do gás pela Petrobras, e a sexta alta no ano. Desde o início de 2019, a alta acumulada é de cerca de 10%.
Em agosto, o CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) decidiu acabar com a política de preços diferentes entre os diferentes botijões de gás. Em 2005, uma resolução do CNPE determinou que o GLP envazado em botijões de até 13 quilos deveria ser vendido para distribuidoras a preços menores que o gás nos botijões com mais capacidade de volume.
No entanto, o CNPE entendeu que a resolução produzia distorções no mercado de gás e não garantia os descontos esperados para as famílias, especialmente as de baixa renda.
Até então, a Petrobras vendia o gás que vai para vasilhames de até 13 quilos com preço mais baixo e compensava a diferença nos botijões maiores.