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Geral A crescente expectativa de que as taxas de juros nos Estados Unidos possam permanecer em um patamar elevado aumentou a pressão dos investidores sobre a economia brasileira

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Mercado tem reagido à instabilidade com altas nos juros e no dólar. (Foto: Freepik)

A crescente expectativa de que as taxas de juros nos Estados Unidos possam permanecer num patamar elevado por um período maior do que o previsto, por conta do repique da inflação no país, aumentou a pressão dos investidores sobre a economia brasileira. Nas últimas semanas, os ativos brasileiros tiveram um movimento negativo coordenado. Depois da euforia observada no fim do ano passado, a Bolsa de Valores registrou uma fuga bilionária de estrangeiros, o dólar mudou de patamar e superou a faixa de R$ 5 (Na quinta-feira, bateu em R$ 5,09) e os juros futuros subiram.

Nesse momento em que o cenário externo está mais difícil, o mercado financeiro passou a prestar mais atenção às fragilidades da economia brasileira, em especial a situação das contas públicas – em meio à divisão no governo sobre manter ou não a meta de déficit zero neste ano.

“Quanto mais tempo o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) leva para baixar as taxas de juros, mais pressão se coloca nos mercados emergentes como um todo, especialmente naqueles que têm mais dificuldades internas”, afirma Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados. “O Brasil tem a questão fiscal mal resolvida.”

Essa mudança de humor do mercado não indica que o Brasil está próximo de enfrentar uma crise severa. O País tem, por exemplo, números robustos no setor externo, mas cria um cenário que exige mais cautela e reduz a margem de erro na condução da política econômica por parte do governo. “Nesse cenário, a gente começa a discutir mais fortemente e, no detalhe, a parte fiscal”, diz Solange Srour, diretora de macroeconomia para o Brasil do UBS Global Wealth Management.

A expectativa para os juros nos EUA vem sofrendo reveses ao longo de 2024. Os últimos números de atividade, mercado de trabalho e inflação do país indicam que os juros terão de ficar mais altos para que o Fed consiga levar a inflação para a meta de 2%. Na virada de 2023 para 2024, o cenário era outro. Houve um grande entusiasmo no mercado financeiro com a possibilidade de que o BC americano pudesse promover até seis cortes neste ano.

O resultado do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) reforçou o cenário de que o Fed deve ser mais duro. O CPI subiu 0,4% em março, acima das expectativas. Após a divulgação do número, o UBS, por exemplo, alterou a previsão para o início do corte dos juros de junho para setembro, e passou a prever apenas duas reduções em 2024.

Taxas americanas mais altas drenam recursos de economias emergentes e mais arriscadas, como é o caso da brasileira. É como se o investidor ficasse mais seletivo e subisse a barra para investir fora dos EUA, a principal economia do mundo, a mais segura e que atualmente oferece um retorno atrativo e sem risco – desde julho de 2023, as taxas de juros nos EUA estão no intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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