Sexta-feira, 26 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Geral A Declaração dos Direitos Humanos completou 70 anos

Compartilhe esta notícia:

Eleanor Roosevelt foi a primeira presidente da Comissão de Direitos Humanos. (Foto: Reprodução/ONU)

A Declaração Universal dos Direitos Humanos completou 70 anos desde a sua assinatura nesta segunda-feira (10). O documento representa o reconhecimento de que os direitos básicos e as liberdades fundamentais são inerentes a todo ser humano e foi responsável por avanços na defesa desses direitos em diversas partes do mundo.

Elaborada durante dois anos, numa época em que o mundo sentia os efeitos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e estava dividido entre países capitalistas e comunistas, foi pontuada por desacordos entre nações dos dois blocos até ser aprovada, em Paris, às 23h56min de 10 de dezembro de 1948.

Com 30 artigos, a declaração é considerada o documento mais traduzido do mundo — para mais de 500 idiomas — e inspirou as constituições de vários Estados e democracias recentes.

O texto condena a escravidão e a tortura, defende o asilo para indivíduos perseguidos e o direito à educação gratuita, à liberdade de reunião e à propriedade privada e proclama que “todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos”, “sem distinção alguma, nomeadamente de raça, de cor, de sexo, de língua, de religião, de opinião política ou outra, de origem nacional ou social, de fortuna, de nascimento ou de qualquer outra situação”.

Foi aprovado na 3ª Sessão da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), que na época reunia 58 países. Entre os que 48 que votaram, houve unanimidade.

União Soviética, Belarus, Ucrânia, Tchecoslováquia, Polônia, Iugoslávia, Arábia Saudita e África do Sul se abstiveram. Honduras e Iêmen não estavam presentes.

A pedido do delegado polonês Julius Kitzsoctly, foram lidos todos os artigos. Silêncio significava consentimento da audiência. A leitura durou quatro horas. A ex-primeira-dama dos EUA e então presidente da Comissão de Direitos Humanos, Anna Eleanor Roosevelt (1884-1962), atingiu o cargo de coordenadora da Declaração por votação direta, no começo dos trabalhos, em 1946, e teve papel decisivo na aprovação do documento.

No Brasil, a Declaração norteia boa parte da Constituição Federal de 1988.

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-DF, Djalma Nogueira, ressaltou que o documento é importante para o mundo e lembrou que o Brasil criou meios de fiscalização para o cumprimento dessas obrigações.

“Temos essas garantias replicadas em vários dispositivos. Além disso, o estado brasileiro criou mecanismos para garantir direitos individuais e coletivos, como a própria OAB e os conselhos de direitos humanos estaduais e municipais”, explicou. O texto transformou fundamentalmente a cidadania no planeta. “Várias outras nações replicaram em suas constituições”, ponderou.

Os direitos elencados na Declaração Universal tornaram parâmetro básico para aferir o respeito à dignidade das pessoas nas mais diversas partes do planeta. Seu apelo é fundamentalmente em direção ao futuro. Ainda nos dias de hoje, é considerado o documento dos direitos humanos mais universal em existência.

 

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Geral

Medicamento para a hipertensão pode causar câncer
O que é uma movimentação atípica? Entenda o caso envolvendo um ex-assessor de Flávio Bolsonaro
https://www.osul.com.br/a-declaracao-dos-direitos-humanos-completou-70-anos/ A Declaração dos Direitos Humanos completou 70 anos 2018-12-10
Deixe seu comentário
Pode te interessar