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Brasil A delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral na Operação Lava-Jato é ponto para Polícia Federal na disputa com o Ministério Público

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Cabral está preso desde outubro de 2016, e foi condenado a mais de 280 anos de prisão pela Justiça. (Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil)

A homologação da delação do ex-governador Sérgio Cabral, condenado já a 267 anos de prisão, dá força à PF (Polícia Federal) na queda de braço com o Ministério Público Federal em torno da Operação Lava-Jato. No ano passado, o Supremo Tribunal Federal deu à PF o poder de também homologar acordos. Mas um acordo com Cabral já havia sido rejeitado pelo MPF (Ministério Público Federal), que sempre quis ser o titular das investigações.

Os principais protagonistas da política do Rio, assim como empreiteiros e empresários que atuavam no gigantesco esquema de corrupção no estado, já foram envolvidos, ou presos, a partir de delações chanceladas pelos procuradores. Assim, é preciso que os fatos narrados por Cabral, condenado já 12 vezes pelo juiz Marcelo Bretas, tragam informações inéditas ou de potencial explosivo. Se isso não acontecer, pode ir para a conta da PF uma outra delação que pouco acrescenta à Lava-Jato, como foi no caso do ex-ministro Antonio Palocci.

Se houve alguém no Ministério Público que aproveitou a delação , foi o procurador-geral da República, Augusto Aras. Ao dizer que vai tentar derrubar a delação de Cabral, Aras mostra apoio ao trabalho dos procuradores da Lava-Jato e tenta afastar dúvidas sobre seu empenho na continuidade da operação.

Prisão

Cabral estápreso desde outubro de 2016, e foi condenado a mais de 280 anos de prisão pela Justiça. A maioria desses processos está relacionada à operação Lava Jato.

O ex-governador vem admitindo, desde o ano passado, que recebeu propina enquanto ocupava cargo público. Ele também apontou outros supostos membros da organização criminosa.

Na segunda-feira (3), Cabral afirmou que o também ex-governador Luiz Fernando Pezão (MDB) ajudou a estruturar esquema de propina.

O depoimento foi dado ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, no âmbito da operação Boca de Lobo, que prendeu Pezão.

Homologação

O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), homologou na quinta-feira (6) a delação premiada do ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral. O acordo de delação foi firmado com a Polícia Federal em dezembro. O teor da colaboração está sob sigilo.

O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi contra a validação. Entendeu que os valores que Cabral se comprometeu a devolver já estavam bloqueados pela Justiça e que o ex-governador não apresentou fatos novos nos depoimentos.

A Procuradoria-Geral da República deve recorrer da validação nos próximos dias. Fachin, então, deverá levar o recurso ao plenário da Corte, formado pelos 11 ministros, ou para julgamento na Segunda Turma, formada por cinco ministros que julgam a Lava-Jato.

Com a validação pelo STF, o conteúdo da delação pode ser usado em investigações em andamento e levar à abertura de novos inquéritos.

Fachin também enviará para instâncias inferiores as informações sobre pessoas sem foro privilegiado ou que se refiram a suspeitas cometidas fora do cargo atual por autoridades com foro no STF.

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https://www.osul.com.br/a-delacao-premiada-do-ex-governador-do-rio-sergio-cabral-na-operacao-lava-jato-e-ponto-para-policia-federal-na-disputa-com-o-ministerio-publico/ A delação premiada do ex-governador do Rio Sérgio Cabral na Operação Lava-Jato é ponto para Polícia Federal na disputa com o Ministério Público 2020-02-07
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