Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 2 de junho de 2020
Há uma forte teoria que já separa o mundo antes e pós Covid-19. Mesmo sem aprofundar o assunto, é possível perceber que realmente muita coisa mudou. A área médica, por exemplo, não será mais a mesma. E os efeitos já são percebidos no dia a dia, pois ao mesmo tempo em que o mundo espera por mais interação tecnológica, também clama por mais profissionais da saúde. Tecnologia e pessoas juntas! Momento que ainda evidenciou e desmistificou outras práticas, como a telemedicina, e resgatou hábitos simples de higiene, como lavar as mãos, base para a prevenção. Neste cenário, também é certo que a demanda por médicos será ainda maior nos próximos anos.
De acordo com o último estudo Demografia Médica, do Conselho Federal de Medicina, o Brasil registra um índice de médicos inferior a países desenvolvidos. Enquanto a média das nações da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) é de 3,3 profissionais por mil habitantes, em solo brasileiro essa taxa é de 2,1 e cai para menos de 1 em alguns Estados do Norte e Nordeste. Durante a pandemia, esse profissional passou a ser disputado no mundo.
Quem optar pela área médica deverá estar preparado para uma nova realidade, por isso é importante escolher a instituição que pode oferecer uma formação com metodologias de ensino atualizadas.
Na linha de frente
O Dr. Rodrigo Sala Ferro, 30 anos, formou-se em Medicina em 2013. Hoje é infectologista e atua nos hospitais Nossa Senhora das Graças, Regional do Câncer de Presidente Prudente e no Centro de Especialidade Unimed. Na linha de frente da pandemia, Rodrigo afirma que, de fato, muita coisa mudou na rotina dos profissionais de saúde. “Existem diversas restrições, como de entrada e saída, além do uso de EPIs”, relata.
Na visão do infectologista, a medicina, de forma geral, também vivencia as consequências trazidas pelo novo coronavírus. “Mudou a visão do médico sobre a doença, de perceber que hábitos simples podem mudar a disseminação, como lavar as mãos, por exemplo”.
Coronavírus no Brasil
O Brasil ultrapassou a marca das 30 mil mortes em decorrência do novo coronavírus nesta terça-feira (2), com o registro de 1.262 óbitos nas últimas 24 horas, informou o Ministério da Saúde, elevando o total para 31.199.
O País levou 79 dias para atingir esse patamar após a primeira vítima morrer em 16 de março — a confirmação foi feita no dia seguinte. Apenas quatro países superaram a marca das 30 mil mortes: Estados Unidos, Reino Unido, Itália e agora o Brasil.
O balanço mais recente do Ministério da Saúde aponta o total de 55.383 diagnósticos da doença em todo o território nacional, sendo 28.936 novos casos confirmados entre ontem e hoje. Há, ainda, 4.312 pessoas com sintomas relacionados ao coronavírus sob investigação, de acordo com a pasta. Do total de óbitos confirmados, somente 367 ocorreram nos últimos três dias.