Quinta-feira, 08 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 14 de maio de 2019
O Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) avaliou nesta terça-feira (14) que a economia brasileira vem crescendo em um ritmo abaixo do esperado e que continua exposta a “incertezas” e que, por isso, precisa de mais tempo para decidir os “próximos passos da política monetária.”
A avaliação está na ata da mais recente reunião do Copom, que aconteceu na semana passada. Nela, o Banco Central decidiu, pela nona vez seguida, manter a taxa básica de juros da economia, a Selic, em 6,5% ao ano. No documento, o Copom também avaliou que existe “probabilidade relevante” de que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro tenha registrado um “ligeiro” recuo no primeiro trimestre de 2019.
“O Copom julga importante observar o comportamento da economia brasileira ao longo do tempo, livre dos efeitos remanescentes dos diversos choques a que foi submetida no ano passado e, em especial, com redução do grau de incerteza a que a economia brasileira continua exposta”, diz a ata.
“O comitê considera que esta avaliação demanda tempo e não deverá ser concluída a curto prazo. O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, continua o texto.
Recuo do PIB
A ata do Copom também destaca que indicadores apontam para um desempenho da economia brasileira “aquém do esperado” no primeiro trimestre e da probabilidade de queda no Produto Interno Bruto no período. “Os indicadores disponíveis sugerem probabilidade relevante de que o Produto Interno Bruto (PIB) tenha recuado ligeiramente no primeiro trimestre do ano, na comparação com o trimestre anterior, após considerados os padrões sazonais”, diz o texto.
O Copom também avaliou que “os riscos associados a uma desaceleração da economia global permanecem e que incertezas sobre políticas econômicas e de natureza geopolítica podem contribuir para um crescimento global ainda menor”, o que se refletiria no Brasil. De acordo com o Copom, porém, a expectativa é de retomada do crescimento nos próximos meses.
“Os membros do Copom avaliam que o processo de recuperação gradual da atividade econômica sofreu interrupção no período recente, mas o cenário básico contempla sua retomada adiante.” Essa recuperação do crescimento econômico, aponta a ata, depende do avanço das reformas, notadamente a da Previdência, mas também de outras medidas para aumentar a produtividade no País e a “flexibilidade da economia”, além da melhoria do ambiente de negócios.