Sábado, 11 de maio de 2024
Por Redação O Sul | 13 de março de 2017
A título de “consultoria”, em 2009 a empreiteira Odebrecht pagou 8 milhões de reais para que um membro do comitê do Fundo de Investimento do FGTS ajudasse uma das empresas do grupo a captar 650 milhões de reais do próprio fundo. O relato consta na delação premiada assinado com a Operação Lava-Jato por Fernando Reis, ex-presidente da Odebrecht Ambiental.
O consultor pago para ajudar no negócio é André Luiz de Souza, indicado pela CUT (Central Única dos Trabalhadores) para fazer parte do grupo de apoio permanente que assessora o conselho e o comitê de investimento do Fundo.
A combinação entre Souza e a Odebrecht Ambiental era de que os 8 milhões de reais só seriam pagos após o sucesso do negócio, o que acabou ocorrendo em setembro de 2009, com o sinal verde à operação de compra de 25% da Odebrecht Ambiental pelo Fundo, a um valor de 650 milhões de reais.
O valor foi depositado por meio de uma conta emprestada de um funcionário da empresa no banco Credit Suisse, em Zurique (Suíça).
Essa não é a primeira aparição de Souza na Lava-Jato: o seu nome foi citado na troca de e-mails entre Marcelo Odebrecht e executivos do grupo sobre a negociação de sondas vendidas para a Petrobras com preços superfaturados. Essas mensagens serviram para que o juiz federal Sergio Moro decretasse a prisão de Marcelo.