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Mundo A Espanha fecha 47 milhões de habitantes em suas casas a partir desta segunda

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(Foto: Reprodução)

A partir das 8h de segunda-feira (16), todos os moradores da Espanha devem sair de casa apenas para atividades essenciais: comprar comida ou remédios, ir ao médico e trabalhar. As restrições mais duras, que tentam restringir o contágio pelo coronavírus, afetam 46,78 milhões de pessoas, segundo estimativa da ONU.

A medida foi anunciada neste sábado (14) pelo primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e tem prazo inicial de 15 dias. Assim como na Itália e na Eslováquia, viagens (mesmo dentro do país) só serão permitidas em casos de emergência ou para cuidar de idosos ou de crianças.

Restaurantes, bares e lojas ficarão fechados, com exceção de farmácias e mercados. O transporte público continua em funcionamento. “Todos poderemos ir comprar pão, se medicar ou levar o cachorro para passear. Mas não poderemos ir à praia nem esquiar. Temos que ficar em casa”, disse Sánchez. O país ficará fechado para estrangeiros ou pessoas que não tenham residência permanente. O governo também vai reduzir em 50% os voos a partir da próxima semana, segundo o primeiro-ministro.

Com o estado de emergência, o primeiro-ministro centraliza os poderes e pode limitar a circulação de pessoas temporariamente, requisitar bens e serviços temporários, ocupar temporariamente empresas, impor racionamentos e outras medidas para garantir o fornecimento de produtos essenciais. Polônia, República Tcheca, Estônia e Letônia já haviam feito o mesmo nos últimos dias.

Diferentemente dos estados de exceção ou de sítio, o de emergência não afeta direitos como liberdade de manifestação ou de imprensa. Com a progressão do contágio na Europa, apontada pela OMS como novo epicentro da pandemia, intensificaram-se os anúncios de restrições cada vez mais drásticas em vários países.

O continente tem agora mais doentes do que todo o resto do mundo, incluindo a China, onde a pandemia começou no final de 2019. Até a 0h do sábado (14), havia 155.858 casos notificados no mundo, dos quais pouco mais da metade (75.606) ainda ativos. A Europa registrara 46.693 casos, com 41.969 ainda doentes. No resto do mundo, são 33.637 casos.

O coronavírus já provocou a morte de 5.814 pessoas, 1.807 delas na Europa. Na sexta, apareceram 8.063 novos casos no continente e 270 pessoas morreram. A França também apertou suas medidas e proibiu o funcionamento de bares, restaurantes e lojas a partir da meia-noite deste sábado. Ficarão abertas farmácias, lojas de alimentos, postos de gasolina e bancos; o transporte público não será afetado.

Como a Espanha e outros 26 países europeus, a França já havia fechado todas as escolas do país. O presidente Emmanuel Macron também havia recomendado a maiores de 70 anos que não saíssem de casa (idosos são o grupo mais suscetível a complicações da doença). Apesar das novas restrições, a França manteve a realização de eleições municipais neste domingo (15).

O governo português, que já havia suspendido aulas, fechado restaurantes e lojas e proibido eventos públicos, anunciou reforço no controle na fronteira com a Espanha. A Rússia fecharia à meia-noite as fronteiras com Polônia e Noruega, que anunciou a paralisação de todos os aeroportos a partir desta segunda. Dentre os maiores países da Europa, apenas o Reino Unido mantém as escolas em funcionamento normal.

O governo britânico tem defendido que medidas drásticas não contêm a epidemia e prejudicam a economia, mas anunciou na noite de sexta-feira que eventos públicos serão proibidos.

Na manhã de sábado, um hospital universitário do norte de Londres confirmou o contágio de um bebê recém-nascido. A mãe do bebê, que também foi infectada, havia se internado dias antes com suspeita de pneumonia.

Ainda não se sabe se a transmissão aconteceu dentro do útero ou durante o nascimento –estudos anteriores feitos com gestantes na China haviam afastado a possibilidade de contágio intrauterino.

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