Terça-feira, 10 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 18 de março de 2021
A ex-presidente da Bolívia Jeanine Áñez sofreu um desmaio na prisão e está “em estado crítico” devido ao aumento da sua pressão, afirmou na quarta-feira (17) a sua advogada, Norka Cuéllar. “No momento ela está recebendo oxigênio e está bastante afetada”, afirmou a advogada.
As autoridades prisionais dizem que o quadro da ex-presidente é estável e ela está sob supervisão médica.
Áñez é investigada pelo suposto golpe contra o ex-presidente Evo Morales em 2019 e foi detida no sábado (14). Ela estava escondida dentro de uma cama box.
A Justiça determinou no dia seguinte que ela permaneça presa preventivamente por quatro meses. Os ex-ministros da Justiça e Energia também foram detidos.
Na terça-feira (16), a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) pediu ao governo boliviano que garanta à ex-presidente o processo legal adequado.
As prisões causaram protestos nesta semana em várias cidades do país, principalmente em Santa Cruz.
Lidia Patty, ex-deputada do Movimento Ao Socialismo (MAS), apresentou queixa contra Áñez; cinco ex-ministros; o governador eleito da região de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho; ex-chefes de polícia, militares e outros civis pelos crimes de sedição, terrorismo e conspiração.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, pediu a libertação dos detidos e afirmou que “o sistema judicial boliviano não está em condições de oferecer as garantias mínimas de um julgamento justo”.
O Ministério das Relações Exteriores boliviano rebateu Almagro e afirmou que as declarações são “provocações maliciosas”, que “visam favorecer os interesses privados e políticos que representa”.
A renúncia de Evo
Áñez substituiu Morales, que renunciou em meio a violentos protestos em novembro de 2019 após a sua reeleição. O então presidente foi acusado de fraude para ficar no poder até 2025.
Um relatório da OEA que apontou irregularidades nas eleições foi usado pela oposição para pressionar Morales, e ele acabou renunciando e fugindo para o México e, depois, Argentina.
Posteriormente, um estudo independente analisou dados do relatório da OEA e concluiu que houve falhas na apresentação dos resultados. As informações são do portal de notícias G1.