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Por Redação O Sul | 26 de setembro de 2020
A farmacêutica Novavax disse na última quinta-feira (24) que iniciou o estágio final dos testes para uma vacina experimental contra a Covid-19 no Reino Unido. Ao total, 10 mil pessoas participação dos estudos.
“Devido ao alto nível atual de transmissão de SARS-CoV-2, e dado que ele provavelmente permanecerá alto no Reino Unido, estamos otimistas de que o estudo terá um recrutamento rápido e produzirá resultados de eficácia a curto prazo”, disse Gregory Glenn, diretor de pesquisa e desenvolvimento da farmacêutica, em nota.
De acordo com a empresa, a fase 3 dos testes rastreará se os adultos que receberem duas doses da vacina experimentarão uma taxa mais baixa de Covid-19 do que os participantes do estudo que receberem placebo.
A Novavax ainda planeja realizar a fase 3 do estudo nos Estados Unidos, com até 30 mil indivíduos, e o processo pode começar em outubro, segundo Gregory Glenn.
O governo do Reino Unido anunciou na última semana novas restrições em resposta a segunda onda de infecções por Covid-19. Em agosto, o país acertou a compra de 60 milhões de doses da potencial vacina da Novavax e se comprometeu a colaborar com a fase 3 dos testes da farmacêutica.
É a décima primeira vacina candidata em todo o mundo a entrar na fase 3 de testes clínicos, a última, que envolve dezenas de milhares de pessoas. Metade delas recebe um placebo e a outra metade recebe a vacina.
Os projetos ocidentais mais avançados são os desenvolvidos pela britânica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, e pelas americanas Pfizer e Moderna. Os projetos chinês e russo também chegaram à etapa final.
A Novavax é uma das seis empresas financiadas pelo governo dos Estados Unidos para o desenvolvimento da vacina. Recebeu mais de 1,6 bilhão de dólares em recursos públicos para financiar a produção de 100 milhões de doses.
Chinesa Sinovac
A chinesa Sinovac Biotech espera começar ainda este ano a analisar dados de testes em humanos em estágio avançado de sua candidata a vacina contra o coronavírus neste ano para decidir se a imunização é eficaz o suficiente e buscar a aprovação regulatória antes da conclusão do teste, disse o presidente da empresa na quinta-feira.
O plano coloca a fabricante chinesa em pé de igualdade com algumas de suas rivais ocidentais, que estão correndo para avaliar a eficácia de suas vacinas apenas alguns meses após a Fase 3 dos testes clínicos.
A farmacêutica norte-americana Pfizer deve saber em outubro se sua vacina experimental funciona, enquanto a Moderna informou que a análise provisória dos dados de seu ensaio está prevista para ocorrer em novembro.
A Sinovac pode começar a avaliar a capacidade imunizatória de sua candidata, batizada de CoronaVac, assim que os pesquisadores observarem que pelo menos 61 participantes do estudo contraíram o vírus, disse o chairman e presidente-executivo da companhia, Yin Weidong, em coletiva de imprensa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo e das agências de notícias AFP e Reuters.