Segunda-feira, 02 de junho de 2025
Por Redação O Sul | 9 de dezembro de 2015
Aflacidez – problema de pele que as pessoas que emagrecem demais enfrentam –, na maioria das vezes, só vai embora com cirurgia plástica. Segundo o cirurgião plástico Prado Neto, há diferença entre a flacidez da pele e a dos músculos.
“A flacidez da pele é evidente. É quando existe aquela sobra que pode ser sentida quando fazemos o pinçamento com os dedos. Já a flacidez do músculo é decorrente da falta de exercício ou da gestação”, afirma.
Na opinião dele, quando a flacidez da pele é pequena, ganhar tônus muscular ajuda a melhorar a aparência. Mas quando a flacidez é muito grande, não vai haver melhora significativa.
Cirurgia bariátrica e cirurgia plástica.
Para o cirurgião do aparelho digestivo Almino Ramos, a questão do cuidado com a flacidez da pele faz parte do tratamento multidisciplinar de quem passa pela bariátrica.
“Deve ser determinado o momento ideal para a realização da cirurgia plástica reparadora, que, em geral, ocorre após dois anos da cirurgia bariátrica, com a consolidação da perda de peso. É preciso saber que o corpo não vai ficar perfeito e será preciso escolher por ficar com a pele flácida ou com cicatrizes, que são consequência da plástica”, diz.
Quanto mais pesado for o paciente, mais gordura eliminada e, consequentemente, mais flacidez ele terá. Pessoas mais jovens têm mais capacidade de recuperação da pele.
Ramos recomenda o uso de suplementos vitamínico minerais e com proteína e colágeno após a bariátrica, pois através da melhora do padrão nutricional ajudam também a melhorar o aspecto da pele. Também é importante ressaltar a necessidade da musculação. A atividade física é liberada 15 dias após a bariátrica feita por videolaparoscopia e 45 dias após a bariátrica invasiva.
Contraindicada.
Acirurgia plástica não é recomendada para pessoas acima de 70 anos e em obesos com comorbidades, como hipertensão, diabetes e antecedentes de tromboembolismo – esses casos podem ser operados, mas há necessidade de avaliação e preparo cuidadosos para diminuir riscos de complicações.
A necessidade e a indicação da cirurgia plástica também dependem de fatores individuais, como elasticidade da pele, idade, distribuição de gordura, atividade física, além de uma avaliação do cirurgião plástico.
A ausência de resposta satisfatória ao tratamento é considerada uma contraindicação da cirurgia plástica reparadora. Quando são decorrentes de bariátricas, as cirurgias plásticas previstas incluem procedimentos do abdômen, das mamas e de membros inferiores e superiores.
SUS.
Conforme o Ministério da Saúde, as cirurgias reparadoras são oferecidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) para pacientes que foram submetidos à bariátrica, com avaliação positiva do tratamento pós-operatório e, também, aos que conseguiram reduzir peso sem intervenção cirúrgica. (AG)