Diante do agravamento da situação, o governo ampliou o toque de recolher noturno, já vigente em Paris e outras cidades, a partir deste sábado (24), para grande parte do território e que afetará 46 milhões de pessoas, ou seja, dois terços da população.
Portugal
Para tentar frear o aumento de casos de covid-19, Portugal adotou novas medidas restritivas nesta quinta-feira (22). O governo português impôs uma quarentena parcial em três cidades no Norte do país.
A medida passará a valer nesta sexta (23) e irá afetar cerca de 161 mil moradores de Felgueiras, Lousada e Paços de Ferreira. Os moradores desses municípios só poderão sair de casa para ir à escola, ao trabalho e em outras situações consideradas essenciais, como comprar comida e remédios. Para quem puder trabalhar de casa, o governo recomendou que opte pelo trabalho remoto.
Além disso, visitas a lares de idosos serão proibidas, eventos só poderão ter até cinco pessoas e os estabelecimentos comerciais devem fechar às 22h.
“Essas medidas se devem à evolução da pandemia nessas três cidades”, anunciou Mariana Vieira da Silva, ministra da Presidência.
Com pouco mais de 10 milhões de habitantes, Portugal registrou um número considerado baixo de infecções (106.271) e mortes (2.229) desde o início da pandemia. No entanto, como a maior parte do continente europeu, viu a quantidade de casos crescer nas últimas semanas. Cerca de um mês atrás o país já havia decretado estado de calamidade.
O recorde de casos diários foi batido há uma semana, com 2.608 novas infecções. A maior parte das novas contaminações está concentrada principalmente no Norte e na capital, Lisboa.
“A expectativa é que o número de casos aumente nos próximos dias, e temos uma situação epidemiológica complexa em algumas áreas do país que pode ser minimizada com algumas medidas”, disse Marta Temido, ministra da Saúde.
Em todo o país, por causa do estado de calamidade, encontros sociais só podem ter até cinco pessoas, festas universitárias estão proibidas e casamentos e batismos podem ter, no máximo, 50 presentes.
Vieira da Silva ainda informou nesta quinta que a circulação entre diferentes cidades será proibida em todo o país entre 30 de outubro e 3 de novembro para reduzir o risco de um novo surto durante o feriado nacional de Todos os Santos.