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Rio Grande do Sul A GM suspendeu até maio a produção de veículos em sua fábrica de Gravataí

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Unidade da Região Metropolitana foi inaugurada há quase 21 anos. (Foto: Arquivo/GM)

A multinacional norte-americana General Motors (GM) anunciou nesta quarta-feira (3) a suspensão, ao menos até maio, da produção de veículos na fábrica de Gravataí (Região Metropolitana de Porto Alegre). O motivo é a falta de peças, uma das consequências da retração econômica mundial pela pandemia de coronavírus.

De acordo com a empresa, as atividades no local devem ter o seu ritmo normalizado apenas em julho. A unidade produz o Chevrolet Onix, o automóvel mais vendido atualmente no Brasil.

No dia 25 de fevereiro, a GM já havia anunciado a concessão de férias coletivas em março para todos os trabalhadores das instalações da montadora em Gravataí, por meio do sistema conhecido como “lay-off” (suspensão temporária de contratos).

A projeção inicial era de uma pausa de até cinco meses, reduzida agora para cerca de três. Eventuais demissões continuam descartadas pela empresa, conforme o Sindicato dos Metalúrgicos de Gravataí.

O “stand-by” na fábrica gaúcha da General Motors tem como causa a carência de componentes, sobretudo no que se refere aos semicondutores. Esse problema, aliás, afeta montadoras nos mais variados países, incluindo a japonesa Honda, que chegou a suspender a produção em Sumaré (SP) durante uma semana em janeiro e repete a dose agora em março.

“A falta de componentes tem o potencial de afetar de forma temporária e parcial o nosso cronograma de produção”, frisou a GM no final do mês passado. ““Estamos trabalhando com fornecedores, sindicato e demais parceiros do negócio para mitigar os impactos gerados por esta situação”.

História

O Complexo Industrial Automotivo (Ciag) da GM em Gravataí foi inaugurado em de julho de 2000. Segundo a multinacional, a unidade sempre se destacou pela alta tecnologia nos processos de produção, sustentabilidade e conexão com a comunidade local.

“Nestes mais de 20 anos, a cidade de Gravataí passou da décima-segunda para a quarta posição no ranking de maiores PIBs do Estado, sendo que o Ciag é responsável por mais de 45% da arrecadação de ICMS na cidade”, contabiliza a General Motors em seu site oficial. “Foram quase R$ 300 milhões gerados em receita.”

A fábrica passou por três importantes expansões, que somaram um investimento de cerca de R$ 4,5 bilhões. Após produzir o Celta, as reformas e ampliações viabilizaram a produção do Prisma, Onix e, mais recentemente, Novo Onix e Novo Onix Plus.

Em sua mais recente expansão (2017-2019), as instalações receberam investimentos de R$ 1,4 bilhão, a fim de preparar o recebimento dos novos Onix e Onix Plus, que trouxeram tecnologias inéditas para o segmento, como wi-fi a bordo e assistente de estacionamento, além do controle de estabilidade e seis airbags.

Dentre as benfeitorias realizadas, está um novo prédio de injeção de polímeros, onde é realizado o processo de moldagem de para-choques. Além disso, muitos processos foram digitalizados, como as simulações de volume de produção da linha, que buscam os melhores meios de transporte e de movimentação das peças.

Também foram adquiridos novos robôs que trabalham sincronizados, com sistemas de visão que realizam autocorreções automáticas, trabalhando no conceito de manufatura ‘4.0’. Os robôs ainda foram integrados com sensores a laser para a realização de verificações dimensionais on-line dos carros produzidos.

Além destes investimentos, a montadora também atrai diversos outros, uma vez que possui um parque de fornecedores no mesmo condomínio, em Gravataí.

“Até hoje, o modelo de manufatura ‘just-in-time’ da nossa fábrica gaúcha com os sistemistas é um diferencial que alavanca ainda mais a economia local da cercania das instalações e do Estado”, explica Marina Willisch, vice-presidente de Relações Governamentais e Comunicação da GM América do Sul. Ela complementa:

“Junto com os empregos, impostos e investimentos gerados pela GM, estão outros, de dezenas de empresas fornecedoras do condomínio”.

Outro número que merece destaque é o montante injetado na economia local através do pagamento de salários e encargos. São mais de R$ 32 bilhões somente considerando os empregados diretos da General Motors no Estado.

Com a característica de ser uma fábrica de grande volume, Gravataí possui capacidade instalada de 350 mil carros por ano que, aliada a uma gestão arrojada de manufatura enxuta, faz dela a mais produtiva do mundo.

(Marcello Campos)

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