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Rio Grande do Sul A greve do magistério gaúcho está próxima de completar um mês, sem perspectiva de retorno às aulas na rede estadual de ensino

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Categoria promete mobilização ainda mais intensa na semana que vem. (Foto: Divulgação/Cpers)

A poucos dias de completar um mês sem avanços que permitam uma expectativa concreta de volta às aulas, a greve do magistério estadual do Rio Grande do Sul deve prosseguir por tempo indeterminado. Nessa sexta-feira, o Cpers-Sindicato repudiou a nova versão apresentada pelo governo gaúcho para o projeto de reforma das carreiras da categoria.

Segundo a presidente da entidade, Helenir Schürer, se o Palácio Piratini mantiver o corte do ponto (que implica o corte de salários) dos professores parados, os profissionais da rede serão orientados a não recuperarem os dias parados.

“Se o governo do Estado não apresentar uma proposta que, de fato, coloque dinheiro no nosso contracheque, em vez de utilizar aquele que já está dentro, não termos como fazer qualquer tipo de concessão”, advertiu em entrevista coletiva, ao mencionar o pacote encaminhado à Assembleia Legislativa pelo governador Eduardo Leite e que poderá ser votado nos próximos dias.

Em seu site oficial, o Cpers confirma para a semana que vem a realização de um grande ato dos professores, de forma ininterrupta entre esta terça e a quinta-feira, na Praça da Matriz. “Não aceitaremos continuar pagando a conta da crise do Estado”, reitera o comando de greve.

“Seguimos em greve e mobilizados, exigindo a retirada do pacote e a abertura de uma mesa de negociação real para valorizar a educação e quem trabalha na escola pública, incluindo funcionários de escola e os aposentados que dedicaram a vida pela educação”, acrescenta.

Nova versão

A nova versão do “Reforma RS”, no que se refere ao projeto sobre as carreiras e previdência do magistério, foi apresentada na última quinta-feira por Eduardo Leite a mais de 30 deputados estaduais e líderes de bancadas no Parlamento. Veja a seguir os principais itens:

– A proposta anterior previa cinco níveis de evolução na carreira. Agora, são propostos seis etapas. O nível 5, que anteriormente abrangia profissionais com mestrado e doutorado, foi dividido em dois. O nível 5, portanto, contempla apenas profissionais com mestrado e o nível 6 profissionais com doutorado.

– O aumento no salário dos professores, chegando a 19,8% em três anos (em 2020, o piso chegará a R$ 2.717, em 2021 a R$ 2.885 e em 2022 a R$ 3.064).

– Elevação do subsídio aos profissionais com doutorado em final de carreira, passando para R$ 4.752 em 2020, R$ 5.047 em 2021 e R$ 5.359 em 2022.

– Aporte à educação, nos próximos três anos, de R$ 676 milhões, diluídos em subsídio (R$ 530 milhões), vale-refeição (R$ 105 milhões) e abono família (R$ 41 milhões).

“A expectativa é que, com as alterações, os deputados se sintam aptos a votar na próxima semana”, declarou o governador ao site oficial do governo do Estado.

Reação

Em seguida, o Cpers criticou as mudanças, por motivos como a falta de consulta à categoria e a suposta manutenção do arrocho:
“O governador continua a ignorar os funcionários de escola, uma das categorias mais empobrecidas do Estado. A proposta mantém os mesmos mecanismos de achatamento da carreira e de congelamento dos salários previstos no projeto original”.

(Marcello Campos)

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