Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 6 de junho de 2018
A greve dos caminhoneiros no País afetou o movimento do comércio em maio, que teve seu pior desempenho mensal do ano, mostrou um levantamento da Serasa Experian divulgado nesta quarta-feira (6). A atividade do varejo caiu 2,2% em relação a abril, já descontados os efeitos sazonais.
Já na comparação com maio do ano passado, o varejo cresceu 2,7%. Apesar da alta, ela foi a mais fraca deste ano nesta base de comparação. Ainda assim, a atividade do comércio tem expansão de 6,3% no acumulado do ano até maio.
Segundo os economistas da Serasa, o resultado em maio foi impactado negativamente pela paralisação dos caminhoneiros que durou 11 dias e provocou desabastecimento em todo o País nas últimas semanas.
Queda por setores
O recuo da atividade varejista em maio na comparação mensal, isto é, contra abril de 2018, deu-se em praticamente em todos os setores varejistas (com exceção do setor de tecidos, vestuário, calçados e acessórios que subiu 0,1%), com destaque para o recuo de 10,3% no segmento de veículos, motos, peças e acessórios; e de 6,5% em combustíveis e lubrificantes.
Além destes, maio de 2018 registrou variações de -1,0% em material de construção; -0,5% em móveis, eletroeletrônicos e informática; e -0,1% em supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas.
No acumulado do ano até maio de 2018, o segmento de móveis, eletroeletrônicos e informática foi o que mais cresceu em comparação com o mesmo período do ano passado: 14,3%. O segmento de veículos, motos e peças registrou alta interanual acumulada de 3,8%.
No campo negativo temos o ramo de supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (queda de 0,9%), além de recuos de 7,8% no segmento de combustíveis e lubrificantes, de 2,2% em tecidos, vestuário, calçados e acessórios e de 5,9% em materiais de construção, sempre quando comparados com os primeiros cinco meses do ano passado.
Volume de consultas
O Indicador Serasa Experian de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas (nas formas de taxas de crescimentos) são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores.
Com as taxas de crescimento tratadas e ponderadas pelo volume de consultas de cada empresa comercial é construída a série do indicador. A amostra é composta de cerca de 6.000 empresas comerciais e o indicador, com início em janeiro de 2000, é segmentado em seis ramos de atividade comercial.