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Mundo A Guarda Bolivariana do presidente Nicolás Maduro cercou o prédio da Assembleia Nacional da Venezuela

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O cerco estava impedindo que funcionários e legisladores entrassem no palácio. (Foto: Reprodução/Twitter)

Os deputados venezuelanos amanheceram alarmados nesta terça-feira (14) ao receberem a notícia, vinda do subsecretário da Assembleia Nacional, Roberto Campos, de que 15 agentes do Sebin, o serviço de inteligência bolivariano, estariam desde as primeiras horas do dia dentro do Palácio Legislativo, investigando uma suposta ameaça de bomba. Campos é funcionário administrativo do parlamento, que também alertou, por volta das 7h (8h no Brasil), a chegada de um numeroso contingente de oficiais da Guarda Nacional Bolivariana, que cercaram a entrada do edifício.

Por volta das 9h (10h no Brasil) desta terça-feira, os jornalistas locais reportaram que a Guarda Nacional estava ampliando o perímetro de vigilância ao Palácio Legislativo, bloqueando algumas vias do centro de Caracas. As sessões costumam começar às 10h.

Jornalistas locais logo constataram que o cerco estava impedindo que funcionários e legisladores entrassem no palácio. Isso ocorre com certa frequência desde que a Assembleia Nacional, de maioria opositora ao regime de Nicolás Maduro e considerada “em desacato” desde 2017, tenta manter suas sessões regulares.

Os encontros acontecem nos dias em que a Assembleia Constituinte, inteiramente governista, não mantém suas sessões.

Nesta terça, o TSJ (Tribunal Supremo de Justiça) da Venezuela decidiu que acusar dos delitos de “traição à pátria, conspiração, instigação e insurreição, rebelião civil, organização para delinquir, usurpar funções e desobediência das leis” os deputados Carlos Alberto Paparoni Ramírez, Miguel Alejandro Pizarro Rodríguez, Franco Manuel Casella Lovaton e Winston Eduardo Flores Gómez.

Pizarro é uma das figuras que faz os elos entre o governo de Guaidó e a ONU (Nações Unidas) e outros países.

As mesmas acusações foram determinadas pelo TSJ uma semana antes da prisão do vice-presidente da Assembleia Nacional, Édgar Zambrano.

Em entrevista coletiva na tarde desta terça, Guaidó afirmou que “cercar o Palácio Legislativo e perseguir mais deputados não fará com que a ditadura de Nicolás Maduro resolva os problemas dos venezuelanos”.

“Não iremos produzir mais petróleo, não vão aparecer mais remédios nem comida, esse é um regime que não governa, apenas resiste.”

Guaidó disse ainda que a ditadura está “vendo que está sozinha e sem respaldo internacional, e percebeu que não pode mais assinar um tratado internacional de comércio, nem nada que dependa do mundo exterior, porque o mundo está contra a ditadura”.

Afirmou, ainda, que amanhã haverá sessão da Assembleia Nacional, porque esta é a “única instância democrática reconhecida pelo mundo” e encontrará onde e como realizar a sessão “como seja”.

O deputado oposicionista Luis Stefanelli, em entrevista coletiva, classificou o cerco como “um ato intimidatório do regime para impedir que a Assembleia Nacional continue fazendo suas funções”.

“Não vamos deixar de legislar devido a esse tipo de ameaça. Seja numa praça, num anexo ou debaixo da ponte, a Assembleia Nacional seguirá funcionando. Hoje haverá sessão da Assembleia Nacional.”

Em ocasiões em que foi vetada a entrada dos deputados da Assembleia Nacional ao edifício, os deputados realizaram as sessões em outros locais, ou as realizaram mais tarde ou mesmo por grupo de WhatsApp.

Há uma semana, quando tentaram realizar sua sessão regular das terças-feiras, os deputados foram cercados por jornalistas pertencentes aos meios governistas, que intimidaram Guaidó e outros deputados, chamando-os de golpistas e de traidores da pátria.

Neste ano, é a terceira vez que a Guarda Nacional Bolivariana cerca o prédio. A primeira foi em 5 de janeiro, justamente quando a Assembleia Nacional votaria em Juan Guaidó como novo presidente da casa e cinco dias antes da posse do novo mandato de Maduro.

Logo após a chamada para um levante por parte de Guaidó e outro líder opositor, Leopoldo López, em 30 de abril, os deputados denunciaram que os guardas que custodiam o local haviam sido trocados por outros e que se havia incrementado o controle para entrada no local.

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