Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Flavio Pereira | 13 de novembro de 2019
O presidente Jair Bolsonaro fez ontem o que prometera na semana passada em relação ao seu futuro partidário: anunciou que definitivamente vai deixar o PSL nos próximos dias e que está criando o partido Aliança para o Brasil. Há um trabalho intenso pela frente para cumprir com as exigências legais para a criação do novo partido.
Nova sigla evita perda de mandatos
Com a criação de um novo partido, o presidente resolve dois problemas: dá início a um projeto partidário da estaca zero e, ao mesmo tempo, abre uma janela para deputados insatisfeitos de outros partidos migrarem para a Aliança, sem o risco da perda dos mandatos. A legislação eleitoral não pune com a perda do mandato deputado que deixa o partido pelo qual foi eleito para migrar para uma sigla recém criada.
Previsão inicial de 30 deputados oriundos do PSL
O deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), do grupo aliado a Bolsonaro, disse que todos os parlamentares que estão do lado do presidente vão migrar, estimando que 30 deputados acompanharão esta nova proposta. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro recebeu um grupo de deputados federais que se apresentaram como seus aliados.
Surpresa no bloco gaúcho
A surpresa no encontro com o presidente Jair Bolsonaro foi a presença dos quatro federais gaúchos do PSL: Bibo Nunes, Ubiratan Sanderson, Marcelo Brum e Nereu Crispim. O caso mais curioso foi Nereu Crispim, porque ele é presidente da seção gaúcha e é tido como homem de confiança do presidente nacional do PSL Luciano Bivar, o atual inimigo político de Jair Bolsonaro.
Convenção nacional já marcada
Para não perder tempo, o presidente Jair Bolsonaro já definiu que a convenção nacional para o lançamento do novo partido acontece no próximo dia 21 em Brasília. Há uma expectativa otimista de que o novo partido conquiste uma bancada superior aos 53 deputados federais do PSL logo após as eleições.
Movimento do governo fortalece projeto de reforma
O governo do Rio Grande do Sul fez ontem um movimento importante para evitar uma forte oposição de policiais militares ao novo pacote de reformas que chega nesta quarta-feira à Assembleia Legislativa. Originalmente, a proposta previa que o risco de vida para os policiais militares incidiria apenas sobre o vencimento básico. No entanto, o governo usou do bom senso e cedeu à pressão dos policiais militares. Autorizou a mudança no texto e a adoção do mesmo sistema de subsídio que vigora na Polícia Civil e na Susepe. Uma série de vantagens que deixam de existir, como os adicionais de risco de vida e de tempo de serviço serão agrupadas no subsidio.
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