Terça-feira, 04 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 3 de agosto de 2018
				O IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1), conhecido como a inflação para as famílias de baixa renda, variou 0,25% em julho, ficando 1,27 ponto percentual abaixo do registrado junho, quando o índice teve variação de 1,52%.
Com o resultado, o indicador acumula alta de 3,29% no ano e 3,53% nos últimos 12 meses. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (03) pela FGV (Fundação Getulio Vargas). Em julho, o IPC-BR, que mede a inflação para a população em geral, subiu 0,17%. A taxa do indicador nos últimos 12 meses ficou em 4,22%, nível acima do registrado pelo IPC-C1.
Seis das oito classes de despesa componentes do IPC-C1 apresentaram decréscimo em suas taxas de variação: Alimentação (2,31% para -0,45%), Habitação (2,36% para 1,40%), Transportes (0,73% para -0,05%), Vestuário (0,27% para -0,64%), Educação, Leitura e Recreação (0,51% para 0,28%) e Despesas Diversas (0,23% para 0,16%).
Nesses grupos, os destaques partiram dos itens hortaliças e legumes (-1,52% para -21,37%), tarifa de eletricidade residencial (9,34% para 5,75%), gasolina (4,25% para -0,29%), roupas (0,35% para -0,88%), hotel (2,95% para 1,86%) e alimentos para animais domésticos (0,93% para 0,01%).
Em contrapartida, os grupos Comunicação (0,15% para 0,29%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,15% para 0,20%) apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, destacam-se os itens tarifa de telefone móvel (0,41% para 0,70%) e artigos de higiene e cuidado pessoal (-0,54% para 0,03%).
IPCA
Os economistas do mercado financeiro mantiveram a estimativa de inflação para 2018 em 4,11% e a previsão para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano em 1,5%. As expectativas dos analistas estão no Boletim Focus, divulgado na segunda-feira (30) pelo BC (Banco Central).
A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) em 2018 continua abaixo da meta de inflação que o Banco Central precisa perseguir neste ano, que é de 4,5%, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida pela autoridade monetária se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
Para 2019, o mercado financeiro manteve a sua expectativa de inflação estável em 4,10%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Produto Interno Bruto
Além de manter a estimativa de alta do Produto Interno Bruto de 2018 em 1,5%, os economistas dos bancos também não alteraram a sua previsão de expansão da economia para o próximo ano, que continuou em 2,5%. O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia. Em 2016, o PIB teve uma retração de 3,5%. Em 2017, cresceu 1% e encerrou a recessão no País.