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Brasil A influência da ex-primeira-dama Michelle cresce dentro do partido de Bolsonaro e seu nome começa a ser testado no partido como alternativa para uma candidatura presidencial no lugar do marido

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A probabilidade mais forte, segundo correligionários, ainda é a de uma candidatura de Michelle ao Senado, pelo Distrito Federal. (Foto: Alan Santos/PR/Arquivo)

Michelle Bolsonaro cresce dentro do PL e seu nome começa a ser testado no partido como alternativa para uma candidatura presidencial no lugar do marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está inelegível. Michelle deu uma demonstração de força na última semana, com a demissão de Fabio Wajngarten da posição de principal assessor de comunicação do ex-presidente.

O ex-secretário de Comunicação da gestão Bolsonaro, advogado e “braço direito” do ex-mandatário perdeu o contrato com a legenda a pedido de Michelle. Ela ficou contrariada com a revelação pelo portal “Uol” de mensagens trocadas por ele em 2023 nas quais criticava eventual candidatura dela e concordava que ela seria “destruída” se concorresse.

Tarcísio depõe no STF como testemunha de Bolsonaro

Dirigentes do partido e o entorno de Bolsonaro mantêm o discurso de insistir na reversão da inelegibilidade e no registro de sua própria candidatura, ao mesmo tempo que Bolsonaro é pressionado por outras siglas de direita a apoiar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos. A decisão não está tomada, mas interlocutores do ex-presidente disseram  que ele demonstra ter mais confiança na esposa ou em um dos filhos como provável herdeiro político.

A probabilidade mais forte, segundo correligionários, ainda é a de uma candidatura de Michelle ao Senado, pelo Distrito Federal. A ex-primeira-dama, contudo, se movimenta nacionalmente. Como presidente nacional do PL Mulher, ela tem se reunido com parlamentares para discutir pautas, negociado filiações femininas e articulado pré-candidaturas. Neste mês, se reuniu com a bancada de deputadas do PL e a senadora do partido, Dra. Eudócia Caldas (AL), na casa da deputada Rosana Valle (PL-SP), em Brasília, para discutir projetos de interesse da direita no Congresso.

Evento com Google e Meta

Na sexta-feira (30), Michelle deverá ter protagonismo, ao lado de Bolsonaro, na 2ª edição do Seminário Nacional de Comunicação do PL, em Fortaleza. A imagem da ex-primeira-dama tem destaque maior nas propagandas do evento, que reunirá quadros da legenda e representantes das “big techs” Google e Meta (dona do Facebook, Instagram e WhatsApp).

Segundo a assessoria do PL, as empresas não cobraram para participar e farão painéis sobre suas ferramentas. A informação é que serão “workshops”. O Google disse, em nota, que “participa de inúmeros eventos oferecendo treinamentos, com foco em ferramentas como Gemini e Google Trends”. A Meta respondeu que faz “há muitos anos” atividades desse tipo a convite de partidos. “Oferecemos esses encontros para capacitar suas equipes sobre boas práticas em nossas plataformas.”

No início de junho, Michelle comandará um encontro das gestoras do PL em Brasília, com previsão de mais de mil pessoas. Dias depois, deve participar de evento do PL Mulher de São Paulo, presidido por Rosana Valle. Segundo a deputada, a ex-primeira-dama está concentrada em aumentar filiações de mulheres. “Michelle tem tido uma presença política forte. Ela faz parte das novas lideranças femininas na política.”

Embora haja resistências de aliados à escolha de Michelle como substituta de Bolsonaro, a hipótese passou a ser admitida diante da percepção de que ele tem acumulado insatisfações com Tarcísio. O ex-presidente avalia que o governador faz uma defesa sua aquém da desejada, em meio ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado e à busca de anistia. Tarcísio irá depor no dia 30 como testemunha de defesa de Bolsonaro.

O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, evitou comentar o pedido de Michelle para que ele demitisse Wajngarten. Só no ano passado, o assessor recebeu pelo menos R$ 1,5 milhão do partido, segundo a prestação de contas à Justiça Eleitoral. “Wajngarten sempre presta um bom trabalho. É um fato passageiro, e não quero fazer mais comentário, porque senão eu fico mal de um lado e de outro”, disse na quinta-feira (22). Ele também desconversou sobre eventual candidatura da ex-primeira-dama à Presidência. “Quem manda, quem vai falar quem é o candidato a presidente é o Bolsonaro. Ele é dono dos votos.”

Força nas redes

Monitoramentos de redes sociais feitos por três empresas da área, a pedido do Valor, mostram que Michelle vem ganhando tração, mas sem se consolidar como presidenciável. Segundo a consultoria Arquimedes, o nome dela foi mencionado nos principais canais (X, Facebook, Instagram, TikTok e YouTube) 730 mil vezes entre janeiro e maio deste ano – um crescimento de 339% em relação ao mesmo período de 2024. Ao longo do ano passado inteiro, foram 930 mil menções.

A AM4, que levantou dados de outros presidenciáveis do campo bolsonarista, afirma que Michelle é percebida mais como símbolo do bolsonarismo do que como figura política independente, com “dimensão mais emocional e religiosa do que técnica”. Nos grupos de trocas de mensagens de simpatizantes da direita acompanhados pela Palver, a possível candidatura é algo lateral. O volume de conteúdos sobre Michelle, nos últimos 30 dias, foi menor que o do marido: a proporção é de uma menção a ela, a cada 80 para Bolsonaro. As informações são do portal Valor Econômico.

 

 

 

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