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Brasil A interferência de Bolsonaro na Polícia Federal quase resultou em um pedido de demissão do diretor-geral

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Presidente pressionou para substituir superintendente do Rio porque estava descontente com uma investigação no órgão, diz fonte. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

A interferência do presidente Jair Bolsonaro na troca de superintendentes da PF (Polícia Federal) irritou a cúpula do órgão e boa parte dos delegados que acompanham de perto os desdobramentos do caso. A pressão do presidente quase resultou no pedido de demissão do diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, o que levou Bolsonaro, em poucas horas, a amenizar o tom.

Segundo um delegado que acompanha o caso de perto, Bolsonaro pressionou a direção da PF a substituir imediatamente o delegado Ricardo Saadi, na Superintendência da PF no Rio, porque estava descontente com uma investigação no órgão.

Após declarar que Saadi deixaria a Superintendência da Polícia Federal no Rio por problemas de “gestão” e “produtividade” e de uma nota oficial da corporação negar que este será o motivo da troca, o presidente recuou na sexta-feira da tentativa de emplacar Alexandre Silva Saraiva, superintendente no Amazonas, para a vaga, pouco depois de dizer que “quem manda” é ele.

Em conversas com colegas nos dois últimos dias, Saadi confirmou que deixaria o cargo, mas só no no final deste ano, quando haveria uma nova dança de cadeiras entre superintendentes.

“Qual o motivo da antecipação dessa troca de comando agora? Ele (Saadi) e todos nós estamos surpresos e tentando ainda entender o que, de fato, está acontecendo”, disse ao jornal O Globo um interlocutor do superintendente.

A queda-de-braço pública pelo comando da PF no Rio começou na quinta-feira (15). Em uma entrevista, na saída do Palácio do Alvorada, Bolsonaro disse, sem ser perguntado, que Saadi deixaria a Superintendência do Rio por motivo de “gestão” e “produtividade” . As declarações do presidente tiveram forte repercussão. Era a primeira vez que um presidente da República anunciava o afastamento de um superintendente. Historicamente, este é um assunto restrito ao diretor-geral. Nem o ministro da Justiça costuma abordar este tipo de questão.

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