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Rio Grande do Sul A Justiça manteve a prisão preventiva da mulher que assumiu ter matado o próprio filho na cidade gaúcha de Planalto

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Rafael Winques, de 11 anos, foi morto em maio de 2020 por asfixia mecânica provocada por estrangulamento. (Foto: Reprodução)

Autora confessa da morte de Rafael Mateus Winques, 11 anos, a mãe do menino continuará mantida sob prisão preventiva, na Penitenciária Municipal da Guaíba (Região Carbonífera). A decisão é da juíza Marilene Parizotto Campagna, da comarca de Planalto (Região Norte), cidade onde o crime foi cometido na madrugada de 15 de maio.

De acordo com o TJ (Tribunal de Justiça) do Rio Grande do Sul, a manutenção atende ao artigo 316 do Código de Processo Penal, que prevê a revisão de prisões preventivas a cada 90 dias. A defesa havia apresentado pedido de soltura na semana passada.

“Em que pesem as relevantes alegações da parte autora, até o momento não aportou aos autos elementos fáticos aptos a infirmar a decisão que decretou a prisão preventiva da acusada”, resumiu a magistrada.

Infanticídio

Em meio a versões que foram sendo modificadas nas semanas posteriores ao infanticídio, a mãe de Rafael assumiu ter matado o filho mais novo e ocultado o corpo. Ela alegou que o incidente envolveu overdose acidental, devido a dois comprimidos do calmante Diazepam que forneceu ao menino para que dormisse, já que permanecia jogando “games” no telefone celular até altas horas da noite.

Ao constatar que o menino estava sem vida, a mãe teria entrado em pânico e decidido arrastar o cadáver, com uma corda amarrada ao pescoço, até uma casa ao lado, cujos moradores estavam fora da cidade. No dia seguinte, procurou a Polícia para uma falsa comunicação de desaparecimento.

Buscas foram realizadas durante mais de uma semana, com o auxílio da comunidade, até os investigadores notarem contradições na fala da mãe. Confrontada, acabou confessando o crime em 25 de maio, dez dias depois, levando os investigadores até uma casa vizinha, cujos donos estavam viajando. O corpo do garoto estava dentro de uma caixa de papelão, em uma área externa da residência.

A necropsia apontou como causa da morte asfixia mecânica por estrangulamento e ela acabou indiciada por homicídio qualificado (motivo fútil, meio cruel e recurso que dificultou a defesa), ocultação de cadáver, falsidade ideológica e fraude processual. A denúncia contra a mulher foi recebida pela Justiça no dia 13 de julho.

Suspensão

Iniciadas em setembro, as audiências de pessoas ligadas a Rafael e à sua família (incluindo o pai e uma professora dele, além do ex-namorado da autora do crime) foram suspensas na sexta-feira passada (9). O motivo é a necessidade de análise de documentos envolvendo morte, em 2007, do ex-companheiro da mãe do garoto.

O óbito foi considerado, na época, como resultado de suicídio. No entanto, em meio à repercussão da morte do menino, familiares do homem decidiram contratar os serviços de peritos particulares, que levantam dúvidas sobre as conclusões do inquérito original – não está descartada a hipótese de que a investigação seja reaberta, 13 anos depois.

(Marcello Campos)

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