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Mundo A mãe de uma criança guatemalteca culpa centro de detenção de imigrantes nos Estados Unidos pela morte de sua filha e pede 40 milhões de dólares de indenização

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Mãe e filha ficaram em um centro de detenção do Texas. (Foto: Reprodução)

A mãe de uma criança guatemalteca que morreu em maio está alegando que a menina, que faria 2 anos este mês, ficou doente e teve atendimento médico negligente enquanto as duas estavam detidas com centenas de outras famílias em detenções de imigrantes no Texas (EUA).

Yazmin Juárez apresentou a denúncia – que se aceita poderá se tornar um processo – pedindo US$ 40 milhões por danos contra a cidade de Eloy, no Arizona, que administra o contrato federal com o centro South Texas Family Residential Center, a quase 1,5 mil km de distância. As informações são do jornal The Washington Post.

A mãe, de apenas 20 anos, também planeja processar a agência de imigração do governo americano (ICE, na sigla em inglês) e o CoreCivic, o administrador privado que gerencia o centro de detenção com capacidade para 2,4 mil camas, informou Stanton Jones, advogado do escritório Arnold & Porter de Washington, que pegou o caso pro bono.

Funcionários do município e da agência federal não comentaram a denúncia. Questionados sobre a morte da menina, o ICE afirmou em comunicado que a agência leva “muito” a sério a saúde, a segurança e o bem-estar daqueles que ficam sob seu cuidado e alegou também que fornece o acesso médico “necessário e apropriado”.

A denúncia apresentada afirma que a menina, Mariee, estava bem e saudável quando ela e a mãe atravessaram o Rio Grande, na fronteira com o México, em março, mas desenvolveu uma infecção respiratória após dividir um quarto no centro de detenção em Dilley, no Texas, com outras mães e crianças, algumas delas doentes, incluindo um menino com tosse e coriza.

Mariee chegou a ter febre de 40 graus e ela sofria com vômitos, diarreia e perda de peso.

Asilo

Yazmin, que passou por uma entrevista inicial de pedido de asilo e estava esperando por uma audiência em uma corte migratória, disse na denúncia ter levado a filha a uma clínica médica por várias vezes. Havia grandes filas e por duas vezes elas tiveram de voltar para casa sem atendimento.

A clínica prescreveu um bálsamo de cânfora, o que não é aconselhável para crianças dessa idade porque pode piorar sua respiração, diz a denúncia.

No dia 23, uma enfermeira da clínica disse que poderia encaminhar Mariee para um médico, segundo a denúncia, mas dois dias depois uma outra enfermeira, que nunca havia examinado a menina, deu alta a ela. Depois de viajar para New Jersey para se juntar a parentes, Yazmin levou a filha a um pediatra. Na mesma noite, ela deu entrada na emergência e precisou receber oxigênio.

Nas próximas seis semanas, Mariee foi internada em dois hospitais. Ela morreu no dia 10 de maio após uma hemorragia intratorácica catastrófica causando danos ao cérebro e a outros órgãos, diz a denúncia. A causa da morte foi o colapso dos pulmões.

Nos seus últimos dias, Mariee sofreu “extrema dor física e emocional”, permaneceu sob várias agulhas e não “foi capaz de abraçar sua mãe ou ser colocada no colo”, alega a denúncia.

O centro foi aberto em 2014 para lidar com o grande fluxo de imigrantes originários da Amércia Central buscando asilo na fronteira do México com os EUA. Para acelerar o processo, a administração Obama modificiou um contrato já existente de uma detenção de imigrantes com a cidade de Eloy.

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