Terça-feira, 14 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 23 de janeiro de 2020
A Marinha do Brasil emitiu alerta sobre possível formação de ciclone subtropical entre até esta sexta-feira (24) na costa da Região Sudeste. Caso a tempestade se confirme, ela deve receber o nome de Kurumí, que significa “menino” em tupi-guarani.
Segundo o Climatempo, há previsão de queda acentuada da pressão atmosférica sobre o oceano no decorrer da quinta-feira, entre os litorais sul do Espírito Santo e norte do Rio. “Tudo acontece sobre o mar, mas algumas rajadas de vento, com até 60 km/h poderão ser observadas sobre o continente”, diz.
O mais comum é que os ciclones se formem no Atlântico Sul no mês de março, período final do verão, de acordo com o Climatempo. Nessa época, a água do ar tem mais calor armazenado, o que favorece o desenvolvimento das tempestades. Na costa entre o Rio e o Espírito Santo, a temperatura da água deve se manter entre 26°C e 27°C.
O fenômeno só será classificado como ciclone se os ventos atingirem 63 km/h ou mais. Se confirmado, ele deve acontecer em regiões oceânicas e não terá “efeito relevante no continente”.
“Esta possível tempestade subtropical estará em alto-mar e se afastando do País”, afirma o Climatempo. “Depois de organizado, este sistema de baixa pressão atmosférica tende a se deslocar cada vez mais para alto-mar, fazendo a trajetória de para sul, e afastando-se cada vez mais da costa da região Sudeste.”
A configuração de ventos em diversos níveis de altitude, no entanto, deve estimular a formação de grandes áreas de instabilidade. Há previsão de forte chuva sobre o Espírito Santo e na região norte do Rio. “A chuva deve ser volumosa e deve causar transtornos para a população”, diz o Climatempo.
No Sul, há alerta de ressaca no litoral de Santa Catarina, entre as cidades de Laguna e São Francisco do Sul, com previsão de ondas de até 2,5 metros de altura.
Espírito Santo
O governo federal reconheceu o estado de calamidade pública de quatro cidades atingidas pelas fortes chuvas no Espírito Santo: Alfredo Chaves, Iconha, Rio Novo do Sul e Vargem Alta. A decisão foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial da União.
Com a medida, os locais poderão ter acesso a recursos federais para ações de socorro, assistência, restabelecimento de serviços essenciais à população e reconstrução de estruturas públicas afetadas.
As chuvas que atingem o estado desde a última sexta-feira (17) já causaram a morte de sete pessoas e deixaram 2.943 desalojadas. Segundo o último boletim divulgado pela Sesp (Secretaria estadual da Segurança Pública e Defesa Social), entre as 11h de quarta as 6h desta quinta, mais 588 pessoas tiveram que deixar suas casas e procurar abrigos públicos ou a casa de parentes e amigos.
O reconhecimento federal foi realizado por procedimento sumário – quando o desastre, público e notório, é considerado de grande intensidade. Desde sábado (18), técnicos da Defesa Civil Nacional estão no Estado para avaliar o impacto das chuvas na região.