Quarta-feira, 22 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 10 de setembro de 2020
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta quinta que o governo não fará nenhum tipo de intervenção nos preços dos principais alimentos da cesta básica, que registram aumento expressivo.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, Tereza Cristina voltou a afirmar que “não existe risco de desabastecimento no País”. Na terça-feira (8), a ministra disse que não há risco de falta de arroz.
“Muita gente está em casa (na pandemia). Então, arroz, feijão e óleo foram mais consumidos. Onde elas comiam antes? Em outros lugares, mas quando você vai em um fast-food ninguém come arroz e feijão”, afirmou a ministra, confirmando o aumento do consumo.
“Alguns dizem de ‘Ah, mas exportou muito’. Sim, mas nós temos estoque para abastecer o consumidor. A gente tem que cuidar para que não sejam preços abusivos, mas que não deixem margem para escassez de alimentos. Isso é tudo um equilíbrio. Um jogo que tem que ser colocado”, completou Tereza Cristina.
Mais tarde, na tarde desta quinta, a ministra publicou vídeo nas redes sociais para explicar que o governo decidiu reduzir barreiras de importação para equilibrar preços.
“Isso é uma quota de reserva para que possamos ter a tranquilidade de que o preço vai voltar, vai ser equilibrado e que o produto continuará na gôndola para todos os brasileiros”, afirmou.
Na quarta (9), a ministra confirmou o pedido para zerar a Tarifa Externa Comum (TEC) para importar o arroz de países de fora do Mercosul. A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu pela isenção de 400 mil toneladas do produto, até 31 de dezembro deste ano.
Com a medida, esse volume de arroz poderá entrar no país sem pagar a tarifa de até 12%. A decisão de zerar a tarifa é uma tentativa do governo de incentivar a importação do produto e evitar um desabastecimento no País. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse na terça, que não há risco de falta de arroz.
O arroz importado, porém, representa apenas 10% do total consumido pelo brasileiro. Segundo dados do IBGE, o preço do arroz subiu 19,25% este ano.
Depois de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente da Associação Brasileira de Supemercados, João Sanzovo, afirmou que os mercados vão começar a estimular o consumo de massa para diminuir a demanda por arroz. Sanvozo também afirmou que os mercados não serão “vilões” por algo que não são responsáveis.