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Por Redação O Sul | 13 de maio de 2019
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, apresentou dados do setor agropecuário e áreas com potencial de crescimento para um grupo de 40 investidores chineses com projetos no Brasil, nesta segunda-feira (13), em Xangai, na China. O encontro foi organizado pelo Banco do Brasil em parceria com o consulado brasileiro.
Os investidores informaram que pretendem aumentar o montante aplicado no Brasil, em setores de sementes, suinocultura, infraestrutura e ferrovias. Conforme comunicado do ministério, os chineses revelaram interesse em obras ferroviárias, como a Ferrogrão – corredor ferroviário para escoamento de grãos da Região Centro-Oeste, que será construído entre Sinop (MT) e Itaituba (PA), onde fica o Porto de Miritituba. O projeto é orçado em US$ 3,37 bilhões, e o edital deve ser lançado no quarto trimestre de 2019.
Outra obra citada foi a Fiol, ferrovia que ligará Ilheús (BA) a Figueirópolis (TO) para escoar minério de ferro da região de Caetité e grãos, e a ferrovia Norte-Sul, principal via para o escoamento de grãos pelo Arco Norte, com investimentos estimados em US$ 680 milhões.
O primeiro compromisso da delegação brasileira na China foi a divulgação de cafés especiais brasileiros na SeeSaw cafeteria. O evento de promoção foi organizado pelo importador Jason Wang com o apoio da diretora da Associação Brasileira de Cafés Especiais, Vanusia Nogueira.
A ministra Tereza Cristina convidou o grupo de investidores chineses para visitar o Brasil. Os investidores apresentaram demandas para a ministra, entre elas acordos para facilitação do comércio e simplificação de processos para destravar barreiras. Tereza Cristina se comprometeu a avaliar os pedidos.
No encontro, os investidores também apresentaram produtos que fabricam na China. Alguns dos mais curiosos foram camisetas e meias fabricadas a partir da fibra de milho. Os produtos são desenvolvidos pelo grupo BBCA, que tem filial no Brasil. A ministra foi presenteada com uma camiseta.
No final do ano passado, o BBCA informou que pretende retomar as obras de construção de uma indústria em Maracaju (MS) para a produção de amido de milho. De acordo com o governo de Mato Grosso do Sul, o grupo anunciou investimentos de mais de R$ 2 bilhões no Estado até 2020.