Segunda-feira, 29 de abril de 2024

Porto Alegre
Porto Alegre, BR
19°
Cloudy

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil A morte de profissionais da saúde por causa do coronavírus despenca após vacina

Compartilhe esta notícia:

A recomendação é de que estas pessoas compareçam a uma loja entre 21 e 28 dias a partir do recebimento da dose 1. (Foto: Cristine Rochol/PMPA)

Levantamentos preliminares de casos e mortes por coronavírus entre profissionais de saúde mostram que a vacinação da categoria, iniciada em janeiro deste ano, começa a surtir efeito.

Não há estudos conduzidos apenas com imunizados, e os parâmetros de avaliação divergem entre diferentes instituições, mas o avanço da imunização traz alento e esperança a quem trabalha na linha de frente do combate à doença.

O Conselho Federal de Medicina (CFM), por exemplo, aponta uma queda de 83% no número de médicos mortos em março, na comparação com janeiro, período em que grande parte dos profissionais de saúde começou a ser vacinada. Em janeiro, 59 profissionais morreram no país, confirme o CFM. Em fevereiro, o número caiu para 24 e, em março, foram apenas 10. “São trabalhos muito iniciais, mas sinalizam um caminho de melhora, como ocorreu em outros países”, diz Helena Carneiro Leão, vice-corregedora do CFM.

Queda

No Ceará, um levantamento da Escola de Saúde Pública do estado concluiu que a vacinação fez despencar os casos de infecção nos profissionais de saúde após a aplicação das duas doses da vacina CoronaVac, impedindo que a segunda onda da pandemia se disseminasse entre a categoria.

Enquanto na população do estado foram notificados 32.768 casos entre 8 e 14 de março — 74,6% a mais do que no pico de 2020 —, entre os profissionais de saúde houve queda de 72%, com apenas 355 infecções registradas. No estado, 238 mil funcionários do setor (93,5% do total) já receberam as duas doses da CoronaVac.

Superintendente da Escola de Saúde Pública do Ceará, Marcelo Alcântara avalia que houve tempo para a imunização ocorrer antes da nova onda, no fim de fevereiro.

Em alguns estados é possível observar que a disseminação da doença entre profissionais de saúde está menor do que na população em geral. Em Pernambuco, enquanto os casos confirmados de Covid-19 entre trabalhadores na saúde caíram 9% em março em relação a janeiro, na população em geral houve alta de 27%.

Na Bahia, os casos confirmados no estado cresceram 25,8% em março, se comparados a janeiro. Entre os profissionais de saúde, houve uma queda de 24,4%.

No Paraná, segundo dados da Secretaria de Saúde, em dezembro de 2020 os profissionais de saúde representavam 3,4% dos casos positivos. No dia 31 de março, correspondiam a 2,3% dos casos.

No Hospital das Clínicas de São Paulo, onde mais de 20 mil funcionários foram vacinados, houve redução de casos, com efetividade de até 73,8%. Na terceira semana de janeiro, quando começou a imunização, foram registrados 16,2 mil novos casos de Covid-19 na cidade, enquanto no complexo hospitalar, houve 51. Na última semana de março, os casos no município alcançaram 23,9 mil, mas no HC foram 46. Segundo o hospital, sem a vacina, o número poderia ter ultrapassado 175.

Veja o que muda: Rio e SP flexibilizam medidas de restrição contra a Covid

No hospital Sírio Libanês, houve redução de 30% no absenteísmo — ausências ou afastamentos — de funcionários da linha de frente, por Covid-19 ou síndromes gripais, se comparados os períodos pré e pós imunização.

“É uma redução sensacional, pois aumentamos a presença de pacientes, de colaboradores, e, ainda assim, reduzimos o afastamento”, afirma Octávio Augusto Camilo de Oliveira, Coordenador Médico da Saúde do Colaborador. Segundo ele, de janeiro para cá, o hospital ampliou o número de leitos dedicados a pacientes com Covid-19 e contratou 900 funcionários.

Na Santa Casa de Araraquara, município paulista onde 93% dos casos são da variante brasileira P.1 do vírus, levantamento com 980 profissionais de enfermagem e apoio, excluindo médicos e residentes, mostrou apenas dois casos desde 10 de março passado.

É preciso lembrar que, em média, no caso da CoronaVac, o sistema imune produz anticorpos suficientes apenas a partir do 15º dia da aplicação da segunda dose.

tags: em foco

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Conheça os inesperados efeitos colaterais positivos da vacina contra o coronavírus
A internação de jovens nas UTIs brasileiras atinge recorde na pandemia
https://www.osul.com.br/a-morte-de-profissionais-da-saude-por-causa-do-coronavirus-despenca-apos-vacina/ A morte de profissionais da saúde por causa do coronavírus despenca após vacina 2021-04-11
Deixe seu comentário
Pode te interessar